Memória
Manda quem pode, desobedece quem tem juízes.
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Comecei a tomar um suplemento pra dar um reforço à memória, que anda me traindo há alguns anos. Antes não me preocupava muito com isso, já que memória curta é sinônimo de brasilidade e eu sou produção 100% nacional. Mas a coisa está ficando séria: ando esquecendo letras de música e piadas clássicas. Assim, não dá!
De efeito imediato, lembro os amigos que apoiaram o golpe e agora seguem tímidos o andamento dos fatos que comprovam o que tentávamos avisar: a quadrilha que colocaram no poder é muito pior do que a que estava, e a canalha que atuou pela troca continua aí, mandando, desmandando, roubando e se protegendo mutuamente, haja vista os fatos dos últimos dias, quando, o mesmo STF que colocou Calheiros na condição de réu, entende que, embora ele não possa assumir o Executivo, pode permanecer à frente do Legislativo, onde será útil para a aprovação de medidas antipáticas para população.
E os três poderes, apesar das briguinhas encenadas, estão mais unidos do que nunca na demonstração de que a opinião pública, agora que já se prestou a retirada do PT do Planalto, não tem mais a menor importância para os rumos do País.
Vai daí, lembrei também de um livro da disciplina Educação Moral e Cívica, que estudávamos no primeiro grau em plena ditadura militar, onde se comparavam as riquezas nacionais a um bolo, e que era preciso primeiro fazê-lo crescer para depois dividi-lo entre todos. E observo que este discurso nunca mudou, desde então. E, agora, vêm a PEC 241 e a reforma da previdência, tentando salvar o que se tornou uma maçaroca solada e chamuscada por décadas de incompetência, roubalheira e falcatruas, e mais uma vez exigindo o sacrifício dos mais humildes, sem reduzir os privilégios dos demais.
É... Talvez seja melhor não lembrar tanto, voltar à média, achar natural o Temer ser eleito o Brasileiro do Ano pela revista IstoÉ, apesar de todas as acusações sobre ele, ou a tão celebrada Lava Jato não ter ainda levado a sério as investigações sobre nenhum denunciado do PSDB.
Acho que vou parar de tomar essa coisa. Tá me deixando depressiva e, o que é pior, não funciona. Continuo esquecendo minhas piadas favoritas.
Texto publicado na edição de hoje do Jornal Alô Brasília.
De efeito imediato, lembro os amigos que apoiaram o golpe e agora seguem tímidos o andamento dos fatos que comprovam o que tentávamos avisar: a quadrilha que colocaram no poder é muito pior do que a que estava, e a canalha que atuou pela troca continua aí, mandando, desmandando, roubando e se protegendo mutuamente, haja vista os fatos dos últimos dias, quando, o mesmo STF que colocou Calheiros na condição de réu, entende que, embora ele não possa assumir o Executivo, pode permanecer à frente do Legislativo, onde será útil para a aprovação de medidas antipáticas para população.
E os três poderes, apesar das briguinhas encenadas, estão mais unidos do que nunca na demonstração de que a opinião pública, agora que já se prestou a retirada do PT do Planalto, não tem mais a menor importância para os rumos do País.
Vai daí, lembrei também de um livro da disciplina Educação Moral e Cívica, que estudávamos no primeiro grau em plena ditadura militar, onde se comparavam as riquezas nacionais a um bolo, e que era preciso primeiro fazê-lo crescer para depois dividi-lo entre todos. E observo que este discurso nunca mudou, desde então. E, agora, vêm a PEC 241 e a reforma da previdência, tentando salvar o que se tornou uma maçaroca solada e chamuscada por décadas de incompetência, roubalheira e falcatruas, e mais uma vez exigindo o sacrifício dos mais humildes, sem reduzir os privilégios dos demais.
É... Talvez seja melhor não lembrar tanto, voltar à média, achar natural o Temer ser eleito o Brasileiro do Ano pela revista IstoÉ, apesar de todas as acusações sobre ele, ou a tão celebrada Lava Jato não ter ainda levado a sério as investigações sobre nenhum denunciado do PSDB.
Acho que vou parar de tomar essa coisa. Tá me deixando depressiva e, o que é pior, não funciona. Continuo esquecendo minhas piadas favoritas.
Texto publicado na edição de hoje do Jornal Alô Brasília.