SISMÉRIA - O dote vestido de preto
SISMÉRIA - O dote vestido de preto
A leitura profética da idade sobre pedra
resolvia o segredo com dentes mortais
anais compilados do eterno
nas orgias das muitas que passaram
verões por aqui escrevendo seu corpo
nas camas entre damas matando
a violência dos reis que vinham
em carros de luxo entregar uma vontade
na porta de entrada me ofereça
a mais rebelde a que não quer
sofrer de transe que está morrendo de tédio
tenho uma sábia vampira liberta
o único medo dela faz arder em chamas
quem aproxima demais
o nu completo de corpo
o cru aroma de inverno
as ruivas madeixas caindo no dorso
eram assim ruivas nos desenhos
mostrando um caminho diferente
dobradas entre os seios no meio
do umbigo descendo um palmo
fervia um calmo secreto princípio
que leitura somente leitura
de quem sabia usar uma lingua estrangeira
podia entrar na caverna
e destruir todo gelo que ela guardava
como cristais de apelo esperando
que ele amasse mais do que penetrar
que ele a levasse a outro lugar
nos lençois cansados de matreiros
distantes ofegantes indícios
que zombam por estarem satisfeitos
e tiram proveitos daquilo
que conhecido chamam de cadela
de menina de escrava por ela
aceitar seus desejos imundos
vagando na sua pele que acaba
quer a cada nova história é ladra
de corações famintos de tesão
que vieram bater aflição de prova
pra saberem se não foram embora
do espirito que renova
se continuam no tempo da mesma caverna
que agora invadem e lançam luzes
eu tenho quem termina...
...te matando de vida
entregue teu dinheiro a mim
não há ofenda ela não tem interesses
é uma das mesclas do sonho
do que de medonho só conhece
por pesadelos...
MÚSICA DE LEITURA: COPHI NIA - ALL MY FILTH