O ÍNDIO RENAN CALHEIROS
Durval Carvalhal
Renan pintou-se, como índio, para uma guerra suicida. Brigar é arte, é preciso ter armas adequadas para enfrentar inimigos fortes, mas vencíveis. Mas, quando o inimigo é invencível, inteligente é evitar qualquer batalha.
Renan Calheiro parece não saber o que o espera. Está vaidosamente nas alturas; sente-se como um condor voando pela imensidão do espaço. Mas quando cair, o tombo terá o tamanho de uma montanha.
A democracia brasileira está doente e cabisbaixa; seu punhal indecente a feriu gravemente. Forte por natureza, ela se recuperará tranquilamente para gáudio dos brasileiros do bem. Hoje, você estufa o peito; amanhã, baixará a cabeça tonta.
Poderosa é morte, Renan; ela tem o condão de derrubar qualquer um. Ninguém é nada diante dela. Mas, antes da morte final, há outras mortes, como a morte moral. É quando se confunde a luz do caminhão que trafega na contra mão com a luz do final do túnel. Aí, o Golias deixa de existir. Será a escuridão. Você, que avacalha o Congresso, passará; mas a vida continua.