"Semideuses" e "diabos"
Tem um ditado assim: tudo demais é sobra. O mundo civilizado não tem isto de "ficar mal", como quando a gente é criança e vira a cara ou "dá um tunco" para algum amigo ou amiga que nos contrariou. Faz parte da civilidade e da educação as pessoas se cumprimentarem em qualquer ocasião, de forma polida e com cara de paisagem como se nada tivesse ocorrido. Não sabia disto, meu leitor? Jogadores de futebol de times adversários se cumprimentam, se abraçam e até trocam camisas, justo em virtude da civilidade e da elegância. Lutadores de boxe e de MMA se congratulam e não são inimigos, mesmo cada um sabendo que a luta levará os dois às cenas de violência e sangue. Portanto, nada a estranhar que políticos adversários sejam vistos em situações civilizadas e de cordialidade. Não teria o menor cabimento que qualquer um deles fizesse birra e dissesse: ESTOU MAL COM VOCÊ, NÃO ME DIRIJA A PALAVRA. Por outro lado, o que é estranhável é ver um "semideus e herói" em entendimentos efusivos com um "diabo". Sendo mais objetiva, digo que jogadores de futebol, lutadores de boxe e de MMA podem e devem ser amistosos, mas, "semideuses" confraternizando com "diabos", isto não é entendível e nem recomendável. Entretanto, quem sabe, tudo pode acontecer, assim como o coroné das Alagoas papou quase todos os "semideuses". É, quem sabe os "semideuses" e os "diabos" estejam implantando uma política pública de inclusão. Assim, como manda a lógica, acostumemo-nos com as cenas nas quais "semideuses" e "diabos" sejam vistos e filmados em atitudes carinhosas, festivas.