VAIDADE DAS VAIDADES...

Prof. Antônio de Oliveira

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Tentação do poder absolutista. O mundo atual vive dois grandes problemas: os ditadores, cruéis ou populistas, e a irracionalidade dos atentados. O Brasil não deixa por menos nem fica atrás. Podemos não sofrer ações terroristas, mas a violência assola o País, de Norte a Sul, enchendo baldes de sangue durante nossos telejornais. O país está afetado e infestado de políticos ambiciosos de ambição desmedida. O povo, desamparado. Burras cheias lá, saco cheio cá.

Sustentamos sessões e mais sessões parlamentares para salvar, deles, os próprios mandatos e benefícios, imunidade, foro privilegiado, e outros privilégios. O grande esforço de trabalho deles é meramente salivante. Falas e mais falas, discursos e mais discursos, ora algumas pérolas de retórica, outras vezes ideias desvairadas e estapafúrdias. Mas o que prevalece são os sofismas. Falsidades bem articuladas com aparência de verdade. Para tudo cabe negativa ou justificativa. Pares julgando pares, aliados deste ou daquela digladiando-se para ver quem leva mais vantagem. Poder pelo poder. Nada de representação, senão de “autorrepresentação”.

Vaidade das vaidades, e tudo é vaidade, proclama o Eclesiastes. Vaidade é amontoar riquezas perecíveis e nelas pôr a sua confiança e a sua razão de viver. Vaidade é também ambicionar honra e desejar posições de destaque. Essas advertências constam do jurássico, ainda atual, Imitação de Cristo.

Filósofo e prosador grego,Plutarco escreveu Vidas Paralelas. Dessa obra originou-se o termo varão de Plutarco, significando homem probo, com uma extensa folha de serviços prestados à Pátria. Isso, dito há tanto tempo, ainda diz alguma coisa nos dias de hoje? Estamos em busca de varões de Plutarco na nossa vida pública, por sinal, uma área minada, uma represa de águas turvas, apodrecidas. Moralizar é preciso. Está difícil, mas a esperança é a última que morre nos corredores de nossos postos de saúde e hospitais públicos.

Antônio Oliveira MG
Enviado por Antônio Oliveira MG em 05/12/2016
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