CARO PRINCIPIO
Não tenho camisa, engomada calças passadas a ferro e por toda minha vida... Eu nunca comprei um terno.
Fui treinado a ter princípios e como tal, nunca parei de labutar.Integridade, dos meus pais eu herdei e em volto a esses quesitos, misturado
a precisões, só eu sei na vida... Quantas e quantas vezes eu chorei... Em outras quantas, vendi o almoço para comprar a janta, e mesmo assim, muitas vezes, não comprei.
Todos os meus atos, são feitos aos olhos das luzes e mesmo assim, a momentos que navegando, sobre asas do meu eu, eu me pergunto... Aonde foi que eu errei?!
Perguntas a mim sem respostas.
Agregar poderes aquisitivos... Surrupiar...
Não, isso eu não treinei, meu pai não me ensinou
a roubar e com a minha professora, não aprendi.
E assim vou seguindo os passos de uma vida, precavida sem almejarpoderes em religião ou politica e d’essa forma, com certeza por aqui, acabarei como cheguei.
Tenho vivido para o país... E forçado pelo
esquema, vou vagando em correrias, tudo que ganho hoje...Quase, quase dá para mastigar amanhã. Veja você... Todos os lugares turísticos:
Praias, parques, monumentos, maravilhas
do mundo... Eu só conheço pela tela televisiva
da minha pequena sala. No meu universo,
passeios planejados para o ano que vem...
fara parte do futuro no museu do meu sonho.
Todo dia eu arranco uma lagrima para expor
o surreal da minha alegria...
Não é fácil, não é fácil, não é fácil para mim...
A tal sobrevivência, Manter a minha sobrevivência
interna desse mundo medonho.
Antonio Montes