Dores e feridas
As madrugadas no Brasil ardem as feridas perpetradas na gênese colonial. A dor das madrugadas produz: melodias, angústias, alegrias, amizades, crueldades e o amor ao próximo humano que provocou as feridas e as dores.
Madrugadas brasileiras, sombrias nas vielas, pinguelas e panelas de chás para curar as feridas e dores produzidas pela cidade partida cercada pelas muralhas vivas e cristais.
Os cristais das madrugadas estão nas rochas rompidas na era colonial. A extração do novo mineral ilumina a madrugada na República da repressão, asilos, liberdade, festivais musicais, democracia e leis trabalhistas.
A madrugada Constituinte canta pela liberdade e o bem estar do povo brasileiro.
Os rostos pintados colorem as madrugadas evolutivas do saber e querer da nova democracia.
As madrugadas continuam violentas produzindo feridas e dores na educação. Escolas depredadas geram angústias nos professores e dores que rompem as feridas do saber.
A saúde segue a madrugada amenizando as dores e as feridas vitimadas pelo sucateamento oriundo da fenda estrutural e gerencial dos órgãos públicos e privados.
A falta de equipamentos e profissionais nos hospitais brasileiros, para compartilhar as dores das madrugadas, acionam a segurança pública imediatista gerada pelos governantes, ratificando as feridas e dores crônicas da sociedade.
Madrugadas de dores e feridas minimizadas (jamais)?