ARENA CONDÁ
Ontem o Céu se juntou à Terra na pequena cidade de Chapecó, Santa Catarina, numa competição nunca vista no mundo. Ontem a competição na Arena Condá era de forma inusitada, as lágrimas do Céu versus as lágrimas da Terra. A convocação dos atletas foi feita pelo próprio Deus, entusiasmado pelos garotos do Chapecoense, resolvera convidar todos, do artilheiro ao goleiro. De repente passaram da dimensão material para a espiritual, seus corpos ficaram aqui, mas as almas seguiram em frente.
Esse jogo era diferente, só existia um técnico: Deus. E Ele participava também ativamente do jogo. As Suas lágrimas de chuva molhavam o campo, a cidade... mas as nossas lágrimas também molhavam, e iam além, molhavam o país, o mundo! Ponto para nós!
Nossos atletas chapecoenses continuavam brilhando nesse novo jogo proposto pelo Criador. Se aqui eles provocavam tanta emoção na sua pequena torcida, agora eles estavam muito mais competentes, as lágrimas jorravam com facilidade dos nossos olhos, impulsionadas pelos chefes de torcida, pais, mães, filhos, amigos... e atingiam o mundo todo! Ponto para nós!
No campo e na cidade existiam duas cores principais para esse jogo tão diferente e emocionante: o verde e o preto. Mas ninguém conseguia distinguir em que lado do campo estava uma ou outra, pois essas cores vibravam nos hinos cantados, nos gestos coreografados, nos corações emocionados! Ponto para nós!
Não vi eles cometerem nenhuma falta, e sim, provocarem em nós, na torcida, os melhores sentimento de solidariedade e competência humana. Desde o momento de treino quando os corpos foram resgatados, quando as pessoas se embrenharam nas matas, quando os hospitais foram requisitados, quando os governos foram exigidos, tudo foi feito dentro da Lei do Amor, nenhuma forma de corrupção foi praticada ou tentada. Parece que tudo era uma só família, pois a torcida, aqui e alhures, no planeta todo, sentia a dor dos parentes biológicos como se fossem eles... a Família Universal!
Fiquei depois a imaginar, qual o objetivo de Deus com a convocação desse jogo tão diferente, tão emocionante, tão dolorido? Certamente Deus está vendo que os Seus filhos estão caminhando por uma trilha perigosa, do egoísmo, das corrupções, e o Brasil, sendo o coração do mundo e a pátria do Evangelho, devia ter o mando de campo. Convocou assim os melhores atletas que fizeram, agora com o coração o que antes faziam com os pés: despertar as emoções nas pessoas, as melhores emoções, mostrar para o mundo que, apesar do nosso comportamento animal, nós somos seres humanos com a centelha divina e capazes de criar a família universal, o Reino de Deus!
Assim, conclui que mesmo nós tendo feito os gols na Arena Condá, a vitória pertence a Deus, pois soube convocar os melhores atletas e que eles jogaram tão bem perto dEle, como faziam na Terra perto de nós; conseguiram despertar, agora através do sofrimento, os nossos corações enregelados pelo frio do egoísmo, e todos, no campo e no mundo, pudemos nos unir num abraço fraterno. Provaram que nós ainda temos jeito!