Um sábado no País do Futebol
Sábado, dia da tradicional pelada de fim de semana, da "fézinha" na loteca, da reunião dos amigos em torno da TV para acompanhar a bola rolando ou nos estádios, para torcer ao "vivo e a cores" pelo time do coração.
Mas não se trata de um sábado qualquer, a pelada não teve a mesma graça; a "fézinha" ganhou outra dimensão, para alguns em busca de respostas, par outros fonte de consolo; amigos em torno da TV com olhos e ouvidos atentos, perplexos; torcedores no estádio sim, mas o grito deu lugar ao silêncio resignado.
Neste sábado, que não foi como os demais, o céu amanheceu cinzento, fechado. Capricho divino? Prefiro crer que não, o céu derramou suas lágrimas que se misturou as lagrimas de toda uma cidade, uma cidade apaixonada pelo seu escudo, pelo seu brasão, pelo seu time.
Sábado no qual não houve rivalidade, todos os apaixonados por futebol reuniram-se em uma só torcida, em um só choro, em um só silêncio. A única cor que quebra o cinza do céu choroso é o verde, o verde das camisas e verde da grama de um estádio de futebol que vela e honra os seus valorosos guerreiros. O verde, neste sábado, desta vez não revela o caminho do gol, mas o caminho para um outro campo, um campo no qual os deuses do futebol deram as boas vindas aos heróis de Chapecó.