FREUD DIGA LÁ: QUANDO O SUPEREGO COMEÇA A ENTORTAR
A cada etapa da escola, havia uma expectativa ansiosa pelo que viria de novo.
A primeira mudança que chacoalhou bastante foi a divisão do tempo de aula por períodos, no máximo de três em sequência da mesma matéria, educação física duas vezes por semana, pouco depois a matemática moderna, aulas práticas de ciências e trabalhos manuais e educação moral e cívica.
Já no cientifico, filosofia e psicologia. Esta última ministrada por professores específicos de psicologia e também por psicólogos clínicos. Nos dois cursos superiores que frequentei, repetiram-se as matérias de psicologia e física, já denominadas de cadeiras e não por matérias.
Numa determinada ocasião disse que o então "bullying" de nossas infâncias e adolescências, transformaram-se no ódio, reinante atualmente. Tentei justificar tal metamorfose culpando a fraqueza de nosso superego.
Pronto, foi o que bastou, pois na roda havia um letrado que inflou-se dizendo para que eu não falasse asneiras. Como a maioria tem o direito de enfurecer, comigo não foi diferente, calquei mais uma asneira:
- Se não é a covardia do superego, mal formado, então são os psicopatas que embora representem quantitativamente pouco mais de 1% das pessoas, maldosa e qualitativamente agigantam-se, perfazendo talvez uns 80% e assim acuando os não psicopatas.
Vás te tratar disse ele. Dei o fora com a certeza que ali residia um superego deformado para pior, ou então um psicopata, mas quem sabe as duas coisas dentro de um saco de batatas.
Assim conclui que foram pelo menos mais de 200 horas jogadas fora, entre matérias, cadeiras e estudos de psicologia, ou que sabe eu não tenha prestado a devida atenção nas aulas.
Eu suspeito que para muitos, ele comece a deformar-se nos joguinhos onde podemos comprar cogumelos que viram vidas.