DUPLA TRAGÉDIA
DUPLA TRAGÉDIA
O Brasil é mesmo um Gigante. Suportando duas grandes tragédias, em menos de vinte e quatro horas, nos afasta de quaisquer dúvidas.
A primeira, na madrugada de terça feira, deu início a uma avalanche de comoções generalizadas no mundo inteiro, provocada pelo acidente aéreo, em solo colombiano, que vitimou fatalmente setenta e uma pessoas, dentre elas a delegação de futebol da Chapecoense, vinte e um jornalistas esportivos e a tripulação do avião de uma empresa venezuelana, baseada na Bolívia.
Tomara que o “Projeto Chapecoense” não seja sepultado com seus idealizadores e seus executores. O sonho de Chapecó não pode sofrer solução de continuidade.
A segunda tragédia começou a espocar no início da tarde, tendo como palco a esplanada dos ministérios e o entorno do Congresso Nacional.
Impedidos de acompanhar os trabalhos na Câmara e no Senado milhares de manifestantes protagonizaram a maior destruição material e imaterial já vista em Brasília. Isso é um sinal que não foi detectado pelos parlamentares, visto que estavam todos acomodados confortavelmente no plenário das casas legislativas, para cometerem as maldades suficientes para transformar o Brasil em um “paizeco de terceira linha”. Só assistiram a “batalha campal” pelos monitores, em seus gabinetes.
É lamentável que, enquanto os eleitores “guerreavam” com a polícia, nas ruas e nos gramados do plano Piloto, seus pseudo representantes preparavam, “in door”, as armas para ferir de morte a sociedade brasileira.
O prejuízo material e imaterial causado pelos manifestantes é fichinha, a comparar com o que trarão os efeitos da PEC 55, no período de vinte anos, estipulados por ela, com o intuito de estagnar, através do congelamento dos investimentos, o crescimento do país.
Como se não bastasse a maldade da PEC no Senado, a Câmara desfigurou a Lei Anti-Corrupção e aprovou a Lei da Intimidação. É o começo do fim da Lava jato.