UM TEATRO MONTADO ÀS CONVENIÊNCIAS DA SITUAÇÃO
34020
Terça-Feira, 29 de Novembro de 2016
A entrevista coletiva na qual participaram o Presidente Temer, Renan Calheiros e Rodrigo Maia, deixou bem claro uma coisa: a armação de um teatro. Porque ali estavam três artistas. E que tiveram a incumbência de enganar, ou tentar, o povo brasileiro. Esta é a conclusão a que cheguei, mesmo ouvindo e/ou assistindo apenas uma pequena parte daquele espetáculo.
E de tudo o que já vi, li, ouvi e vivi, não necessariamente nessa ordem, fiquei com a convicção definitiva de que este país terá um futuro nebuloso. Pelo menos enquanto tivermos políticos como esses que estão aí. Envolvidos até o pescoço com corrupção, mumunhas, tramoias e que tais.
A postura do Sr. Temer lembrou-me a do Ex-Presidente Fernando Henrique. Extremamente bem articulado, seguro, quase frio sereno e com uma verbalização e articulação perfeitas. E poder-se-ia dizer, com a resposta na ponta da língua.
E como acontece nesse país desde algumas décadas atrás, quando eles dizem uma coisa, podemos nos preparar para ver, assistir e receber outra. Aquela encenação toda foi intencionada a enganar o povo, com relação ao que corre no Congresso Nacional referente às medidas contra a corrupção, caixa dois, lava-jato e afins.
A desfaçatez é o exercício que essa gente mais promove e pratica. Olhar a cara deles é embrulhar o estômago. O pior de tudo é ter que ver um elemento como o Renan Calheiros, com a cara mais cínica do mundo, acompanhado do Rodrigo Maia, um filhinho de papai, sem o menor conteúdo para ocupar um cargo de tanta representatividade.
Agora é deixar passar o tempo e ver o desfecho disso. Mas o povo é o responsável por essas coisas todas. Porque elege o que há de pior em termos de políticos no país. E assim não pode reclamar de nada. A situação sine qua non nesse caso, é adquirir consciência e sabedoria, escolhendo gente melhor, menos corrupta e mais decente.