PASSOS DO COTIDIANO NOS LEVAM AO PRESENTE E AO PASSADO VI... 16h18min

“Obedecendo” ao roteiro de trabalho, saímos, logo após as duas horas da tarde, a opção escolhida foi novamente o transporte coletivo, demora um pouco mais, mas não temos a preocupação de dirigir e onde deixar o carro, pois achar uma vaga é difícil e os estacionamentos, estão pela hora da “morte”...

Após quase uma hora chegamos, na Estação Plaza, que fica defronte ao Shopping do mesmo nome, que na realidade se “apropriou” de parte imponente da construção de nossa principal Estação Ferroviário do nosso Estado.

Vamos caminhando, a nossa primeira visita, ao consultório de duas eminentes médicas homeopatas, cujos laços de amizade começaram há de 18 anos, quando apresentamos a elas “as Gotinhas da Saúde”. Antes, porém, não “resistimos”, paramos para ler uma placa “sinalizando” que estávamos na frente de uma construção histórica: Casa de Emilio Romani, de 1880, foi projetada por arquiteto italiano, foi residência e escritório da indústria, dos produtos Diana, que, felizmente existem até hoje, atualmente é uma residência tombada ao Patrimônio Histórico...

Após visitá-las, seguimos, pois havia mais quatro médicos que deveríamos levar nossa “mensagem”, antes, porém, entramos na Relojoaria Luzitania, que começou os seus negócios nos primeiro anos da década de 60, demos uma Mensagem de Natal.

Seguimos, dos quatro médicos, que ainda faltavam para completar o roteiro de trabalho, três coincidentemente já tinham passado dos 80, mas continuavam trabalhando; sempre que possível dois deles nos reserva amostras de medicamentos que esposa usa...

Já passava das seis da tarde, era hora de retornar, os passos do cotidiano nos fizeram caminhar um pouco mais de 10 quadras, não deveria ser nada de “anormal”, mas quem não tem este hábito se “cansa”, foi o que aconteceu conosco quando regressamos a nossa casa...

Mas, antes de terminar nossas breves palavras, que nossos passos possam nos levar ao passado; “retornamos”, a imponente construção da Estação Ferroviária, estava pronta como fora previsto, - 1885 - algo ficaria para sempre gravado, em nossa cidade, a venerável Princesa Izabel, - a Redentora - estava na cidade de Paranaguá, viera com sua comitiva de navio, para fazer a viajem inaugural, que ligaria em definitivo, o “caminho de ferro”, entre aquela antiga cidade, mais “velha” que Curitiba...

Muitos hotéis, em função disto foram construídos, esperançosos de darem hospedagem aos visitantes. Hoje, com a desativação, os hotéis estão em “ruínas”, com o “consolo” de terem virado “Patrimônio Histórico”, porém, as obras não evoluem, pararam no tempo como se fosse “construções fantasmas”...

Quatro anos depois deste memorável acontecimento, o regime monárquico, “caiu”, porém, deixou um legado, 15 mil km de ferrovia, que ligavam a inúmeras cidades brasileiras; no começo o Sistema Republicano, expandiu este sistema de transporte; a grande maioria das capitais o transporte de trem se fazia presente...

JK, “chegou” para governar, com muitos aspectos positivos, mas, optou pelo transporte rodoviário, mais caro e oneroso, as ferrovias que tinham atingido 33 km, foram “abandonas”, “sucateadas”, “delegadas” a terceiros, que as exploram aleatoriamente, sem pensar no bem coletivo, somente pensam em buscar lucros; é provável que nossas linhas férreas hoje, não ultrapassam as que foram deixados no Regime da Monarquia, o país muito perdeu com isto; pois se este transporte fosse aprimorado, se constituiria em mais uma alternativa , como é feito em várias partes do mundo... Em 1959, fomos ao Rio de Janeiro trem, isto, porém, é outra história... 17h25min.

Curitiba, 25 de novembro de 2016 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 25/11/2016
Reeditado em 25/11/2016
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