Há algo de podre no Reino da Dinamarca

Na minha terra, nos anos 80, um graúdo assassinou um homem do campo, depois de uma discussão, atirando nas costas do pobre homem. Pois bem, a reação da sociedade foi não só hipócrita mas de conivência explícita com o criminoso: este não fugiu foi normalmente para casa e lá ficou recebendo visitas de solidariedade de integrantes fo Rotary, Lions, Maçonaria, políticos e o escambau de graúdos da cidade. Ficaram do lado do algoz e não da vítima. Fiquei revoltado, mas não surpreso.

Foi disso que me lembrei refletindo sobre um acontecimento em outro contexto mas contendo a mesma hipocrisia e conivência das elites. Foi o caso envolvendo o ex-ministro Calero, o gordinho sinistro Geddel e, claro, o presidente golpista Temer. Não vou fazer nenhuma ilação mas transcrever parte da matéria sobre o assunto divulgada onyem no Globo:

"O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que fora 'enquadrado' pelo presidente Michel Temer e se sentiu pressionado a 'construir uma saída' ao pedido do ministro da secretaria de governo, Geddel Vieira Lima, sobre uma obra da Bahia. Geddel, segundo ele, queria que fosse derrubado um embargo feito pelo Iphan ao empreendimento imobiliário de alto luxo em Salvador no qual ele adquriu um apartamento. Calero disse que foi convocado por Temer para uma reunião no Planalto e que durante a conversa o presidente disse a ele que a decisão do Iphan tinha trazido 'dificuldades operacionais em seu gabinete', já que Geddel encontrava-se bastante irritado e pediu que construisse uma saída para que o caso fosse encaminhado à AGU. O ex-ministro afirmou ainda que se sentiu decepcionado pelo fato de nao ter mais a quem relatar a fim de solucionar a situação, uma vez que o próprio presidente da república o havia 'enquadrado'. Segunfo ele, temer disse que 'a política tinha dessa coisa, esse tipo de pressão'. Calero afirmou que após a conversa, sua única saída foi apresentar seu pedido de demissão".

A classe política, empresarial e o escambau de graúdos se solidafizaram com Geddel. Nonguém bateu panelas e nem protestou enrolado numa bandeira brasileira. Não era nada envolvendo o PT, então não vem ao caso. Lembrsndo Shakespeare: Há algo de podre no Reino da Dinamarca, ou seja, no nosso patropi. Inté.