Café da manhã

Quando eu era mais jovem, quase sempre reclamava alguma coisa no café da manhã e muitas vezes saía da mesa sem nada comer.

Passados alguns anos eu chorei de saudade de ter aquela mesa enorme, da casa de minha mãe. Onde todos sentávamos juntos para fazermos todas as refeições. Aprendi na dor da ausência presente, o valor do convívio.

Hoje acordo já agradecendo pelo simples fato de ter acordado, e mesmo um bom dia já me alegra.

Nunca mais reclamei de acordar cedo como era na época de escola primária, hoje dou graças por poder me levantar sem necessidade de ajuda. E mesmo que meu café da manhã seja um simples café, é motivo de agradecer pela presença de todos que eu amo na minha vida. É muito mais feliz dividir um simples café puro com amor, do que desfrutar de um banquete sozinho.

A solidão mata, destrói as famílias, e inverte nossos valores. Agora entendo perfeitamente porque minha mãe apagava a televisão nas horas das refeições. Era para termos mais aproximação, era e é até hoje uma momento de partilhar o que cada um tem em mente.

Na simplicidade da minha mãe eu encontrei todas as aulas que a faculdade não me ensinou.

Hoje não troco nada na minha vida pelo café da manhã da minha família, que as vezes briga, as vezes grita, mas no fim do dia todos pedem ou dão o seu perdão, e assim segue nossa vida. Agradecendo a Deus por essa oportunidade de exercitar gratidão, perdão, amor e fé.

Receba com gratidão a medida de amor que cada um tem para lhe dar, respeite o limite de cada um.

Daniela Appariz
Enviado por Daniela Appariz em 25/11/2016
Código do texto: T5834094
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