Respirar é um ato mecânico e natural, ninguém fica observando como respira. A não ser que esteja atento.
Atenção plena no ato de respirar é um exercício que pode ajudar muito, tanto a parte física como a emocional. A prática me ajudou a perceber que nos picos da dor “prendia’’ a respiração e me retraía, num mecanismo de defesa difícil de abandonar. Além da dor inicial somava a contratura muscular, esforço extra, cansaço e desânimo.
Vejo a dor crônica como uma mala pesada, cheia de excessos que podem ser descartados: má alimentação, sedentarismo, tensão, ansiedade, julgamentos, raiva, mágoas, depressão, preguiça, muitos sentimentos e sensações que não deveriam fazer parte desta bagagem.
A dor é velha conhecida, estamos juntas há anos e vamos ter que conviver pacificamente porque é ligada a condições crônicas, degenerativas e autoimunes. Ela melhora, piora, aumenta, diminui, some quase por completo e reaparece quando menos espero. E ela sozinha não é tão assustadora, é apenas um incômodo que estou aprendendo a aceitar.