“Tamo junto” Gregório
A minha história de amor não aconteceu em 1990 – ainda não tínhamos nem nascido, mas sabe, ela também é uma dessas que acaba, aliás, não acaba quando ainda existe esperança no coração.
A gente não se conheceu no Jazz, nos conhecemos na igreja e eu também sempre fui atrapalhada, apesar de rir e zuar, ele sempre admirou cada bobagem minha.
Nós não usávamos MSN nem Orkut, mas a internet nos ajudou muito, apesar de sermos vizinhos, passávamos madrugadas no Skype e no WhatsApp. Criamos uma página no Facebook, e eu adorava corrigir mentalmente os textos dele, um dia corrigi de verdade, eu achava incrível a criatividade para criação que ele tem. Jogávamos DDTank e eu sempre errava o alvo, no Habbo ele adorava encher minha casa de entulho só para me deixar brava.
Ele também me influenciou com músicas, algumas do Legião, Cazuza, Djavan... foi um monte de artista, ele ama música, e eu comecei a amar também. Um dia fizemos uma dupla e fomos cantar em um encontro – eu cantei, é ate engraçado. Separados somos bons, mas juntos podíamos ser imbatíveis.
Um dia – várias vezes, nos separamos, não choramos como no início de “Up”, mas quando a gente se dava conta da falta do outro, sofríamos e não sei dizer quem sofria mais. E não foi fácil também. Eu sonho com ele quase todas as noites desde o dia em que a gente se conheceu, no começo achava esquisito, agora eu gosto tanto, é uma maneira que tenho de ter ele comigo. Em todo canto perguntam dele. Ele faz muita falta. Eu queria dar a sorte de o destino nos colocar no mesmo lugar de novo, igual eu disse para ele em uma carta que escrevi “Eu serei a mulher mais feliz do mundo se o destino nos colocar no mesmo caminho de novo”.
“Tamo Junto” Gregório, eu e mais milhões de brasileiros que sentiram uma cutucada de cunforça no coração quando leram aquela crônica. A gente te entende rapaz, aah e como entende.
A nossa história não está documentada em um filme ou em músicas compostas por nós, mas tem tanta crônica (que nunca foi para algum blogue), poesia, vídeo, foto, tem tanta coisa. E o que me alegra profundamente é saber que também vivi um grande amor na vida.