Maldadezinhas

Não costumo julgar os outros baseado no juízo que faço de mim mesmo. Mas às vezes faço isso. É quando presencio alguém arrotando perfeição demai, honestidade fora de série, humildade maior que a de São Francisco e o escambau de virtudes fictícias. Essa pessoa pode até possuir algumas virtudes, mas é um amostrado e um mentitoso. É como dizia minha avó paterna, um cachorro de fateira.

Faço esse julgamento baseado em algo verdadeiro e que quase ninguém confessa: todos nós, sem exceção, temos entranhado no nosso ser, na nossa mente, no nosso coração e na alma, hermanos e hermanas, algumas maldadezinhas. Não adianta negar, todos temos a nossa porção de maldade viva e bulindo dentro da gente. De vez em quando uma dessas maldadezinhas aflora, não raro nos alegrando com uma saia justa ou insucesso de um desafeto, de alguém que não suportamos. A derrota de um adversàrio ou metido a dono do mundo nos alegra. As maldadezinhas são de berço, faz parte da nossa natureza.

O onteressante é que procuramos afastar esse sentimento, mas não conseguimos. Não adianta negar, repito, todos temos as nossas maldadezinhas. Somos humanos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 23/11/2016
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