Com o queixo caído.
Ontem eu li a crônica Nem unzinho sequer de autoria de Ene Ribeiro, postada neste Recanto. Nessa crônica, Ene conta que estava na biblioteca da uma casa, e ao pôr seus olhos nos títulos dos livros, constatou que não havia um sequer de poesia. Ao perguntar sobre essa ausência, ouviu o seguinte: Poesia toma tempo que poderia ser útil em outras coisas. - Esse fato me fez lembrar de situação parecida que um dia aconteceu comigo. Tenho uma amiga que é ótima costureira, e ela teria que entregar um vestido de festa. Pediu para acompanhá-la até a casa de sua cliente. Fomos e lá, no belo apartamento, a cliente nos prestigiou com alguns petiscos e uma limonada feita na hora. Uma delícia para aquela tarde de calor. - A sala onde estávamos era bem grande, bonita e decorada com bom gosto. Entre os móveis estava uma enorme estante com livros bem encadernados. Comecei a imaginar quantos autores teriam escrito aqueles contos, e quantos poetas estavam lá representados por suas belas poesias. Confesso que caí na asneira de falar para a dona da casa: Quantos livros! Teria algum para me indicar? A resposta dela foi: Eu não li nenhum, compro para enfeitar a estante. – Fiquei com o queixo caído, quase encostado a um dos belíssimos tapetes que ornamentavam a sala. – Não via a hora de ir embora.
Ontem eu li a crônica Nem unzinho sequer de autoria de Ene Ribeiro, postada neste Recanto. Nessa crônica, Ene conta que estava na biblioteca da uma casa, e ao pôr seus olhos nos títulos dos livros, constatou que não havia um sequer de poesia. Ao perguntar sobre essa ausência, ouviu o seguinte: Poesia toma tempo que poderia ser útil em outras coisas. - Esse fato me fez lembrar de situação parecida que um dia aconteceu comigo. Tenho uma amiga que é ótima costureira, e ela teria que entregar um vestido de festa. Pediu para acompanhá-la até a casa de sua cliente. Fomos e lá, no belo apartamento, a cliente nos prestigiou com alguns petiscos e uma limonada feita na hora. Uma delícia para aquela tarde de calor. - A sala onde estávamos era bem grande, bonita e decorada com bom gosto. Entre os móveis estava uma enorme estante com livros bem encadernados. Comecei a imaginar quantos autores teriam escrito aqueles contos, e quantos poetas estavam lá representados por suas belas poesias. Confesso que caí na asneira de falar para a dona da casa: Quantos livros! Teria algum para me indicar? A resposta dela foi: Eu não li nenhum, compro para enfeitar a estante. – Fiquei com o queixo caído, quase encostado a um dos belíssimos tapetes que ornamentavam a sala. – Não via a hora de ir embora.