Escondidinha

Ainda estou de saco cheio com a política, espero que passe logo essa aversão porque quem é consciente não pode se omitir, independente de suas idéias ou ideologia. O Brasil está acima de tudo.

Mas vamos ao assunto desta maltraçada. Quem foi bancário nos velhos tempos, antes da automação, sabe o trábalho que dava fechar o balanço de uma agência. A minha parte era o setor rural, todas as diversas modalidades de empréstimos tinham que fechar sem nenhuma diferença, inclusive com as fitas das somas ratificando os dados.

Pois bem, num desses balsnços, acho que nos anos 70, a conta investimentos rurais que tinha mais de 500 fichas de empréstimos não batia. Somei pessoalmente várias vezes, conferi e reconferi e nada. E a diferença não era de centavos, era alta. Naquele tempo um funcionário vinha do Recife para recolher todos os balanços das agências do interior, o cara chegou e ficou esperando. E haja procurar a diferença. Eu era bom em achar diferenças, mas aquela estava difícil,foi aí que concluí que poderiam ter extraviado uma ficha de empréstimo. Começamos a revirar o setor, olhamos tudo e nada da ficha aparecer. Foi então que um estagiário, um carinha muito vivo, sugeriu que procurássemos debaixo do plastico que cobriam os birôs. Comecei pelo meu, olhamos todos, menos o do chefe que se recusou â vidtoria. Fui ao gerente expus o problema e este convenceu o chefe a deixar que se olhadse debaixo do plástico ou da borracha do birô, o estagiárip foi encarregado e assim que levsntou o plástico riu e disse: - oie ela aqui bem escondidinha. Era a ficha de um cliente do exato valor da diferença. Foi um alívio, mas o chefe ficou puto dizendo que alguém havia colocado de propósito a ficha debaixo do plástico do seu birô para desmoralizá-lo, mas nos lembramos que um dia abntes ele havia conversado com o tal cliente e pedira a ficha.

Não teve a dignidade de assumir o erro. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/11/2016
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