QUERIA QUE FOSSE UMA CRÔNICA
QUERIA QUE FOSSE UMA CRÔNICA
Todo texto tem um autor, alguém que se predispôs a por no papel o que só ele, no momento, tem na mente: a chamada inspiração. Ás vezes, recebe ajuda de fora, nos diálogos das pessoas, ouvidos aleatoriamente no cotidiano, o que é correto e normal. Diálogos estes que quase sempre não coadunam com a imaginação, ou seja, são trivialidades, mas se espremidas e/ou passadas numa peneira sempre sobra um pingo de suco, para não dizer sumo.
Particularmente não tenho tino e nem inteligência para juntar enredo com narrativa e formar algo digno de nota, quando muito escrevo verborragia. Nem sei fazer uso da procrastinada modéstia que é a galinha dos ovos de ouro da absoluta maioria de quem escreve.
Algumas narrativas minhas quero que tenham conotação de crônicas, mas o produto final não condiz com o prescrito na bula; é quando deixo a desejar no tocante, exatamente no quesito que define o texto, ou seja, não consigo estruturar a inspiração de forma a deixar claro seu gênero, espécie e família, o qual mofina na orfandade, no que eu o pai, exalto-o bastardo.
Às vezes quero que seja uma crônica quando na realidade é um mísero conto sem as devidas alegorias que o regem. Independente de tudo dito acima, continuo insistindo no atrelar as letras, compondo palavras e espichando períodos...
Este pífio texto é tão somente um aborto na inexpressiva relação de indefinidos escritos meus, os quais por pouca monta ficam esquecidos e abandonados num pen drive.
É o que há!