Acordar com alguma dor, as mãos invariavelmente dormentes e o cansaço extremo como se o sono não tivesse acontecido é comum em quem sente dor crônica.
O que ocorria após a constatação da dor inicial era o grande problema:  o desânimo,   a preocupação com as atividades do dia,  a dúvida entre cancelar ou adiar os compromissos,  o aumento da dor e ansiedade.
 Sabe aqueles filmes onde a personagem se espreguiça, abre o sorrisão e pula da cama alegre e saltitante? Adoraria experimentar, mesmo sem a parte saltitante e chegou a hora de dar um pouco de animação aos meus dias. Cansei de viver cansada.

Agora acordo e faço algumas respirações, automaticamente checo os pontos doloridos  usando uma  prática do Mindfulness que nada mais é que ir sentindo todas as partes do corpo, da pontinha de cada pé ao fio do cabelo. É rápido e muito tranquilo, aproveito e exercito a respiração mais um pouco, cinco minutos é tudo que preciso antes de jogar os lençóis e iniciar o dia.
A prática relaxa porque zera a expectativa, eu só preciso experimentar e respeitar os limites. Faço o que puder com tranquilidade, mas se eu piorar e  quiser voltar para casa tudo bem, eu compreendo.

O meu corpo é o bem maior, ele me transporta, proporciona os meios para que eu exista e se for preciso adotar um novo estilo de vida que se adeque às necessidades e restrições, melhor aceitar enquanto é tempo.
É importante descobrir algo que proporcione bem-estar e alegria, que distraia e seja prazeroso, prolongando a estada neste mundo da melhor forma possível. Não brigo mais com a dor, o corpo e alma agradecem.

 
 
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Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 21/11/2016
Reeditado em 01/02/2017
Código do texto: T5830644
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