CRÔNICA – Ledo engano – 21.11.2016
 
CRÔNICA – Ledo engano – 21.11.2016
 
Todos os brasileiros que sabem raciocinar, não precisando ser técnico para assim entender, sabem que essa PEC 241, na Câmara e 55 no Senado, é a única saída viável para que o nosso país volte a continuar a crescer e a resolver, em longo prazo, as mazelas em que o governo passado nos enfiou goela adentro e em face disso foi afastado do poder.

A luta foi árdua. Os aliados da doutora Dilma Rousseff (PT-RS), especialmente aquela meia dúzia de senadores, que fizeram o possível e o impossível para tentar salvar a “patroa” do sacrifício, tiveram toda a sorte de oportunidades para defendê-la da maneira mais completa, até mesmo contando com prazos elastecidos na comissão especial que cuidou do assunto. Aliás, como todos se recordam, a sessão do Senado fora dirigida pelo presidente do STF à época, ministro Lewandowski, que de maneira infeliz decidiu manter os direitos políticos da presidente cassada, totalmente ao contrário do que prevê a Constituição.

Consumado o “impeachment”, esperava-se que o seu substituto constitucional, doutor Michel Temer (PMDB-SP), pudesse nomear um superministério e tocar o país pra frente, aproveitando esse mandato tampão de pouco mais de dois anos, até que em 2018 pudesse entregar a nação a um novo mandatário legalmente eleito pelo povo nacional.

Ocorre que, com o ritual da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, a podridão do país e seus baluartes foram e ainda estão sendo denunciados, com ênfase aos acordos premiados de delação patrocinados pelas autoridades e órgãos competentes. É um sem número de delinquentes, cujos nomes vão aparecendo dia após dia, causando verdadeiras surpresas entre os brasileiros de todas as classes. A delação da empresa Odebrecht vem se mostrando a mais repleta de pessoas que causaram malefícios ao país e a todos os concidadãos.

Para surpresa geral, denúncias e acusações contra ministros, deputados, senadores e apoiadores do atual governo vão tomando conta dos noticiários dos jornais e da imprensa falada e televisada, sem perder de vista as redes sociais. O pior de tudo é que não se vê por parte nem dos acusados e nem do presidente qualquer medida que possa amenizar o quadro degenerativo por que passamos, como por exemplo, o simples fato de o atingido solicitar seu afastamento do cargo até que se apure de sua responsabilidade ou não quanto aos ilícitos anunciados.

A luta dos atuais partidos de oposição continua firme, como prometera, no sentido de não permitir que o doutor Temer pudesse fazer um governo de transição. Reações são programadas em quase todos os estados brasileiros em desfavor dos nossos mandatários, e até nas comissões internas do Senado e da Câmara dos Deputados realizam-se audiências públicas devidamente dirigidas a criticar a MP em discussão, por vezes com auditório regiamente patrocinado quem sabe até com dinheiro do contribuinte.

Por outro lado, os deputados estão tentando produzir uma lei que descriminaliza a utilização do caixa dois em eleições passadas, que não se enquadra naquelas sugestões oriundas do povo, no intuito de livrar alguns parlamentares de possível punição e, no mesmo passo, o Senado, por reação do senhor presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), está sendo praticamente obrigado a votar uma lei cuja direção é o poder judiciário, que trata de abuso de autoridade, normas que, se aprovadas praticamente enterrarão a maior operação policial que já ocorrera aqui no país, conhecida como Lava-Jato, que pretende passar a limpo todos os males em que fomos submetidos, à frente o Exmo. Doutor Sérgio Moro, da Vara Federal de Curitiba (PR).

A governança de nosso país está ficando quase impossível de ser praticada, porquanto até jovens de menoridade estão tomando de assalto escolas públicas por este país afora, devidamente orientados pelos partidos oposicionistas, que têm em alguns professores a célula multiplicadora de tais revoltas, simplesmente pelo fato de ouvir dizer que a MP será ruim para a saúde e para a educação, setores chaves da vida nacional, que estão vivendo praticamente sem qualquer prosperidade. Os governantes não estariam nem doidos para provocar colapso maior do que já vivemos nessas atividades. Teve o governo do PT e aliados justamente treze anos para deixar melhor herança na educação e na saúde, assim como na segurança, essa que está em estado falimentar.

Causa até pena ver esses jovens sem pais e/ou responsáveis entrar numa luta de olhos fechados sem que o governo disponha de cabedal suficiente para mandar paralisar tais eventos. O famoso direito de ir e vir, previsto na Constituição, só o é pela metade, ou seja, você só tem o direito de ir, eis que a volta não está assegurada a qualquer cidadão. Então fica uma facção de estudantes mal acostumados a barrar àqueles que desejam realmente estudar e ser uma pessoa do bem, mas a lei diz que os responsáveis pelos menores podem ser enquadrados por não os prover de educação suficiente e necessária a sua cidadania.

Outro fato que merece destaque, notadamente aqui no país, onde se faz emenda constitucional a rodo e a varejo, fácil é entender que se as medidas não derem certo pelo menos até 2018 o novo presidente eleito poderá mudar o que bem aprouver ao país, mas o pior é não tentar, não experimentar novas fórmulas propostas no sentido de encaminhar o nosso Brasil ao seu crescimento. Claro que vamos ter medidas amargas, pois isso é só o começo, todavia sem sacrifícios nada se resolve na vida.

Fonte da foto: INTERNET/GOOGLE
 
Vou ficando por aqui.
Voltarei.

Ansilgus
ansilgus
Enviado por ansilgus em 21/11/2016
Reeditado em 23/11/2016
Código do texto: T5830570
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