ao meu redor
“O mundo das coisas ao meu redor
Eu gravo na memória coisas ao meu redor
É tudo magia ou superstição
É tudo loucura ou alucinação
Em tuas mãos o mundo das coisas ao teu redor”
Nenhum de Nós
O que temos ao redor?
Eu por exemplo, tenho muitas coisas.
Um sofá em veludo vermelho, um notebook Positivo prata com marcas de arranhões, um estojo com lapiseiras, canetas e cabos USB, além de um valise marca Stradda cinza nublado de tempestade, ao chão, defronte meus dedos do pé esquerdo uma edição de VIVA A REVOLUÇÃO! de Robert Crumb, editora Veneta, na capa, Lenore Goldberg golpeia um policial sanguinário, mais objetos: um telefone celular preto com marcas de ensebamento no visor, além dum fone de ouvidos, uma carteira em couro (legítimo, diga-se!) dentro, muitos cartões de bancos. Almofadas com lantejoulas amarelas e laranja, à oeste do meu braço direito, um amontoado de livros dos mais variados temas enfileiram-se como peças de dominó, ressalte-se a presença do livro de receitas Dona Benta.