Você é livre para falar o que eu permitir!
Não sei se acabei de responder uma prova de vestibular ou se passei por uma tentativa de lavagem cerebral. A prova de ciências humanas da UEMA estava totalmente engajada politicamente e forçava o candidato a marcar alternativas tendenciosas e que representavam ideias de esquerda. Foi uma prova com textos que criticavam a atuação policial e que praticamente pediam que escolhêssemos a alternativa que dava contornos ditatoriais às ações dos nossos policiais nas manifestações de rua. Essa prova apresentou um relato de um presidiário do presídio de pedrinhas, no qual o detento reclama de maus tratos e da comida ruim. Quem não concorda com a atual política de direitos humanos exclusiva para mal feitores - a mesma política que parece considerar policias e suas famílias, bem como o cidadão comum como sendo "ETs" - foi obrigado a sentir pena do bandido e marcar uma alternativa que parecia pedir mais igualdade ao preso.
Essa é uma doença que já tem vacina. Apoie o projeto escola sem partido. Seja qual for o seu posicionamento político, a sua ideologia não pode ser imposta e supervalorizada diante das outras pelos professores,livros e tampouco pelas provas de vestibular. O ideal marxista não deve desaparecer, mas sim ser apresentado ao lado de outras ideias, mesmo que elas sejam contrárias ao teor revolucionário da luta de classes, de modo que o aluno fique livre para escolher aquela que mais lhe agrada.Por que não falar de liberalismo econômico? - da mesma forma que Marx critica o lucro com a ideia da mais valia, os liberais afirmam que o lucro faz as pessoas fazerem o bem mesmo que estejam pensando somente nelas próprias. Contudo, as ideias liberais não me foram ensinadas na escola. Aprendi por conta própria, lendo livros que comprei por livre e espontânea vontade. Vivemos em uma democracia na qual o aluno tem direito ao aprendizado e, ao mesmo tempo, temos que enfrentar um monopólio de ideais nas escolas... Condenável.
Deixo aqui uma ressalva: não sou a favor de fuzilamento, pena de morte e tampouco de torturas aos nossos presos. Em verdade, sou contra o monopólio das virtudes que a esquerda prega. Sou contra a ideia de que a minoria, simplesmente por ser minoria, tem mais direitos que a maioria. Um claro exemplo é a tal política atual de direitos humanos, que atua somente na busca por mais igualdade e por menos maus tratos aos presos, mas não bate na porta da casa da mulher do policial, que subiu o morro munido de um colete a prova de balas sem placas de proteção e de armas defeituosas, tendo que economizar munição e que, por tais motivos, acabou morto.