M u r o

Na minha cidade natal, quintal era chamado de muro. Na infância, acho que só na escola e nos livros escolares ouvi e li a palavra quintal. Só se falava muro.

Quase toda casa possuía um muro, por mais humilde qur fosse a casa. O muro servia para as criaças brincarem, colocar o cachorro, plantar verduras e outras plantas e, creiam, era nele que ficava a famosa "casinha", ou seja, o banheiro e sanitário. Juro.

Pelo menos no sertão, especificamente em Arcoverde, era assim. Msis no muro ficava também o galinheiro e o chiqueiro de porcos. Estes só foram desativados no final dis anos 50. Dizia-se que l porco cevado era o décimo-trrceiro dos pobres.

Tenho muita saudade e lembrança do muro da minha casa. Foi o meu oeste americano, minha selva de Tarzã, meu Maracánã e local de tantas brincadeiras e travessuras. Sempre lembro do meu muro com emoção, como um local fantástico. Mas um dia desses, depois de 60 anos, porvinsistência de um amigo da onça fui rever o muro, tive uma decepção: era um murinho prqueno, acanhado mixuruca. Mas a decrpção logo passou, aquele nÁo era o meu muro, o verdadeiro está na monha saudade, virou sentimento, Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/11/2016
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