A ESFERA METAMORFA

O CASO UFOLÓGICO NEMÉSIO E NEWTON SILVA

Este caso ufológico ocorreu a 12 de dezembro de 1972, uma terça-feira.

Como todos os fatos no gênero, ocorreu naquela atmosfera de nitidez

onírica que leva muitas testemunhas a não acreditar no que

presenciaram, o que conosco não se dá, pois temos certeza do que vimos e é com toda a honestidade - e imparcialidade - que redigimos este relato, procurando reconstituí-lo, o caso, o mais fielmente possível.

É nossa única experiência no gênero OVNI, pois desde crianças

despertou-nos nosso pai, homem culto, o fascínio pelas coisas do

espaço. Óbvio é que após o que aqui relatamos, aumentou-se-nos ainda mais o interesse por Ufologia.

Naquela manhã, por volta de 6 horas e 30 minutos, como de hábito,

levantei-me e logo abri a janela do quarto que dava para o quintal,

ato contínuo divisando algo ao fundo deste. De um salto transpus a

janela ao mesmo tempo em que chamava meu irmão Newton e me aproximava do objeto de minha atenção. Quando Newton chegou a mim vindo da porta da cozinha, estava eu a menos de 2 metros do objeto, simultaneamente contemplando-o admirado e não sabendo do que se tratava.

No canto do muro, a dois palmos das paredes e a meio metro do chão,

próximo a um coqueiro, flutuava algo esferoide - 30 a 40 centímetros

de diâmetro - com aspecto e brilho idênticos ao de uma lâmpada de

mercúrio, (Newton diz ter percebido o objeto pousado no chão, junto ao coqueiro, de aspecto metálico, como o fundo de uma panela de

alumínio). Eu estava magneticamente atraído, como um sonâmbulo, quando meu irmão me chamou.

Chamei por todos da casa, a começar por papai, mas se demoraram a

levantar, enquanto a coisa, sem ter parecido se mover, já se nivelava

ao muro, na altura do coqueiro. Parecia que "a coisa" se movia, mas

não no espaço e sim com o decorrer do tempo, embora isto seja de

difícil compreensão.Quando nosso pai chegou, flutuava a coisa já a

alguns palmos do muro — certos momentos algo cintilava a alguns palmos de si , tendo o aspecto de pequena ventoinha de duas pás, feita daquele flandres das latas de leite em pó, e girava rotativamente em torno si mesmo. Ficamos a observar "a coisa" que, repetimos,

ascendia visualmente sem no entanto, parecer mover-se - o que ate hoje não compreendemos — e, o que é mais estranho, sem me apavorar com o que presenciava, à medida que se afastava, perdendo luminosidade e diâmetro, e parecendo girar em tomo de si com um reflexo, em instantes, o objeto já descrevia ampla curva semi-helicoidal e tomou o aspecto de pequenina estrela logo sobrepujada pela luz do sol nascente, ocasião que, na avenida, era já observado por várias pessoas.