PERCEPÇÕES NO SONO

Acordei de sonho incrível e bobo, eu, mais que ninguém, estava empenhada em fazer uma fila de fantasiados irreconhecíveis e escandalosos,inclusive eu mesma, quase um compromisso com algum fim que eu não sabia, era para tapear alguma finalidade; e tinha que correr a tempo de chegar, se não me engano ao aeroporto, antes que certo alguém não sabido, iria estar lá, talvez para uma viagem. Sentido não havia, mas o empenho meu era enorme e buscava todas as forças.
 
 A fila era grande, quase intransponível e, tínhamos que tomar uma condução popular, um bonde ou um ônibus, um furar-a-fila de outros, aquilo tudo era urgentíssimo. Ao mesmo tempo eu lutava com a minha criatividade a mil, e a dificuldade de recursos imediatos de me fantasiar e de ajudar os companheiros a terem sucesso nas suas transformações. Eu percebia que não ia dar tempo de chegar lá, mas eu sentia também que ia conseguir sim. Eu queria virar o avesso das vestes para fora e para outro uso, bem escandaloso, mas as faixas de amarrar desamarravam, tinha que usar outros recursos, oh! que agonia!

Eu sentia que mesmo no absurdo da situação, eu conseguiria atingir o objetivo, eu nem tomava consciencia do objetivo, mas sentia, que por mais absurdo e difícil que fosse, eu chegaria lá,eu ia conseguir.
IA CONSEGUIR.
Despertei desse sonho fantasioso com as vestes diversas raspando em minha cabeça e braços. A realidade estava aqui, o remédio, o café, o dia, mas, acordada, os vestígios do sonho me eram quase mais fortes que ver o dia na sua claridade pela janela.
Sim, CLARIDADE PELA JANELA.

Agora vim aqui para conferir-me.
Porque faço essas coisas?
Por quê caminhos percorro?
O que sei de mim?  Quanto mais acho que me conheço, eu me desconheço mais, muito mais.
Hoje é dia 17/11/2016, e que mais?
Nada.

Cerro os olhos, cruzo as mãos na nuca e paro de escrever, para me dar conta de mim, como se eu vá encontrar uma resposta a uma pergunta que não sei e que não foi feita.
 
Volto: minha alma amiga, você está aqui comigo?
 
Hoje não quero nada.
A claridade pela janela sabe dizer mais que eu.
Eu não sei dizer
E não sinto.

Mas não é só isso. É estar percebendo muita coisa que eu não percebia.
Chocada, e o choque dá muita vontade de escrever meu
SEGUNDO LIVRO.. Nossa tenho tanto a dizer.
Há coisas que precisam ser ditas