A DANÇA DA MORTE
Todas as criaturas na terra tem um jeito de se mover.
A morte não é diferente no seu movimentar.
Quando ela está presente algo vai de fato acontecer.
Com a presença dela uma música fúnebre começa a tocar.
Só a escuta quem ela vai de fato levar.
Nas avenidas do mundo inteiro chega a morte.
Até em hospitais ela não pensa duas vezes e entra.
Pessoas choram querendo que a morte não existisse.
Mas "Mora Tis Mortis" vem com sua dança
e como se fosse um maestro ou maestrina
Ela move sua batuta e quem for escolhido(a)
certamente vai sua cabeça tombar.
Na sua dança a morte mata sem sentir dó.
Ela está ali em minha sala olhando e sorrindo.
Sabe até o que estou pensando.
_ Meu amador e belo escritor!
_ Seu dia não será comum como o dessa gente toda...
_ Eles eu levo para o lugar comum de toda humanidade.
_ E de nenhum deles eu sinto remorso ou pena...
_ Por haverem feito as escolhas erradas os levo com prazer.
_ Mas como você é o meu escolhido com nosso filho...
Ela fez uma pausa ao dizer aquelas palavras.
Acariciou meu rosto e me arrepiei todo.
_ Ensinei "Vita et Morti" que você tem outro destino...
_ Serás o primeiro mortal a morar conosco...
A morte fez outro sinal com as mãos e alguém mais morreu.
Ela bailava e rodopiava em seu vestido azul marinho.
Beijou-me com uma paixão maior ainda.
A cada sinal com as mãos delicadas alguém de fato morria.
Eu a tudo mudo até assistia.
Já sabia que eu seria o marido da morte.
Esta era de fato o fim da minha sorte.
Um mortal que deitaria em um caixão
e por Mora Tis Mortis seria um dia buscado
para no além ir morar com mãe e filho.
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BELO HORIZONTE, 17 DE NOVEMBRO DE 2016. MINAS GERAIS.
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