Tarde Amarela de Todo Encanto
O mago mais deslumbrado do que sábio cortou seu sorriso de lagarto ao som do sim do outro lado do telefone.
Viu-se desarmado pela certeza da fera. Viu-se despido do verniz protetor...
Seguiu aos olhos de janelas para o sempre. Frente a frente com seus medos, encarando a glória com fel e vinho.
Montou sua vida em barris que flutuavam e tal qual o bastardo primeiro das Américas, aportou em ilhas imaginado um mundo imenso.
Não tardou para que os barris delatassem suas angústias de navegador carente. Afundou as vezes necessárias para se ganhar fôlego decente.
Assim foi "reportando" sua nau de grumete sem sextante e em lago de lua cheia fez seu mando mais distante.
Ainda ontem foi visto de relance, conquistando sua moby dick de araque, soltando os arpões da vaidade, fincados alhures e , se parece feliz, com a cara de chuva de uma tarde assim, amarela para sempre.