Diário de Sonhos - #112: Sexo Com a Mulher Costurada
Sonhei com uma mulher. Não lembro bem como ela era. Cabelos pretos estilo Cleópatra. Era bonita, mas sua aparência me lembrava cheiro de água sanitária. Ela se agarrava a dois homens sujos. Beijos de língua, lambidas no pescoço. Mãos acariciando seus seios. Dedos apertando os mamilos. Uma mão boba bulinando por dentro da calcinha. Parece um filme pornô. Agora ela está de quatro, sendo comida por trás enquanto chupa o outro. Agora ela está de joelhos e vários pintos gozam nela, enchendo seu rosto de esperma. Agora aparece meu chefe. Ele está sentado, fumando, enquanto ela está de joelho fazendo um boquete. Ele coloca uma nota de cem dentro do sutiã dela. Várias outras cenas se alternam dessa mesma mulher transando com muitos outros caras.
Agora está tudo escuro. Ela está de joelhos me esperando pra me chupar. Estou excitado. Abro o zíper de minha calça e vou até ela. Quando chego perto... horror! Não é mais aquela mulher bonita e sensual de antes. É um troço, um pedaço de carne inchado e estranho. As luzes da sala se acendem. É tudo vermelho violento. Um holofote aponta para a mulher e consigo ver melhor. É uma imagem bizarra que vou tentar descrever com palavras pobres. Imagine que alguém pegasse essa mulher e arrancasse toda sua pele, deixando a carne exposta. Agora imagine que este mesmo alguém pegou vários pedaços de pele de outras pessoas, pedaços pertencentes a corpos muito maiores que os dela, e os costurasse nela. O resultado é uma figura desproporcional, feia e inchada, completamente branca. O lado esquerdo de sua face é nojento, como se tivessem costurado o escroto de um homem no rosto dela. Ela fica de joelhos com a língua de fora. Não fala nada, apenas me encara com olhos completamente negros e sem vida, sem nunca piscar.
São Paulo, dezesseis de novembro de dois mil e dezesseis.