A NOITE DA SUPER-LUA

Lua!

Oh! Super-Lua!

Cadê você?

Esperei-a a noite inteira e você não veio.

Será que ela sofreu um sequestro-relâmpago?

Em São Paulo é possível!

Não! Não foi isso. Ela apareceu na Globo.

Toda cheia.

Parecia uma estrela de primeira grandeza.

Vai ver que se “achou” e resolveu cobrar uma propina – digo um cachê – maior para desfilar pelos céus de “terras brasilis”.

Antes que limitem o “teto de gastos” nestes tempos nebulosos.

Não! Não! E Não... Ela não faria isso com o povo brasileiro.

Talvez tenha passado antes em Belzonte e os mineiros devoraram aquele imenso pão-de-queijo.

Pode ter se atrapalhado com o horário de verão e atrasou-se.

Quem sabe passe amanhã.

Mais provável ter caído a energia elétrica na Super-Lua. Choveu em Sampa, é tiro – digo trovão - e “queda”.

Eu tinha feito até um versinho para ela.

Estava com uma ideia incrível...

Queria tirar uma selfie e postar no “feice”.

Que triste! Não vê-la-ei mais vivo.

Ai! Meu São Jorge... Estou mesmo com a cabeça no mundo da Lua.

Viram só o que eu fiz?

Uma mesóclise...

Está na moda!

Nem sendo moda. O “não” exige próclise.

E a depender da Vivo, não a verei nem morto...

Deu um raio e a internet pifou...

Lua...

Oh! Super-Lua...

Seu dia passou e você não veio.

Lembrei-me quando o cometa Halley passou pela Terra da última vez. Disseram que o imenso cometa que iluminaria o céu com seu rastro de luz era aquele pontinho lá no alto.

Aquele pontinho quase invisível entre as nuvens, oito graus acima de Vênus, não era a luz voltando no bairro vizinho.

Era ela.

A Super-Lua

Juram que ela deu até um “tchauzinho” para mim.

Mas, eu, cansado de esperá-la, já havia dormido.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 15/11/2016
Reeditado em 15/11/2016
Código do texto: T5824148
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