EU NÃO ACREDITO
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
Eu não acredito no Brasil enquanto houver tantos marajás e maranis do serviço público, nos três poderes e nos três níveis, municipal, estadual e federal.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver supersalários para uma elite do serviço público, além de tantos penduricalhos a encherem contracheques de cima a baixo.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver foro privilegiado eimunidade parlamentar, sinônimos de impunidade.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver aposentadorias precoces, depois de tão pouco tempo e de tão elevados proventos para as elites do serviço público, nos três níveis.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver tanta desigualdade social, tamanhas corrupções institucionalizadas, tantos descamisados.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver obras inacabadas, mal acabadas, superfaturadas, falta de atendimento decente à saúde pública, escolas insuficientes e, se existentes, sem recursos e manutenção.
Eu não acredito no Brasil enquanto não se der o devido valor aos professores, ao pessoal da área da saúde e da segurança pública, à cultura.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver estradas esburacadas, transporte público desumano, vazamentos de rejeitos com todas as suas nefastas consequências para a vegetação e para o ser humano.
Eu não acredito no Brasil enquanto os ministros do STF não forem escolhidos por concurso.
Eu não acredito no Brasil enquanto rios dantes navegáveis, hoje cloacas, não se recuperarem.
Eu não acredito no Brasil enquanto madeireiros irresponsáveis desmatarem indiscriminadamente nossas matas visando ao lucro ilimitado.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver tantos motoristas a serviço de representantes públicos, auxílio-moradia, carro oficial, combustível, seguranças a fartar, cabeleireiros de montão, engraxates, chusmas de assessores, propina.
Eu não acredito no Brasil enquanto houver brigas partidárias e ideológica se o povo for considerado apenas um mero detalhe.