O Coração Social
Cidade.
Urbes.
Pólis.
Dá-lhes o nome que for ao aglomerado humano que produz seu espaço geográfico segundo seus interesses. E este suas justificativas: política, cultura, história. Cria-se a sua identidade.
Nos bancos escolares, quando importávamos cultura imperialista – quero acreditar que isto está ficando para trás – nos ensinaram a ver Paris como a Cidade Luz. Fizeram-nos ver a Paris dos cartões postais, dos livros, da História Positivista, dos discursos de glamorizações... Quando, então, deparei-me com Paris despida. A Paris de Balzac na obra “História dos Treze”. A Paris entre duas guerras mundiais em “Meia Noite em Paris” de Woody Allen. E a Paris apagada no filme “Paris” de Cedric Klapisch.
O filme dirige o olhar do espectador para além daquilo que o turista quer ver. A Paris Humana. Não a cidade perpetuada pelos museus, pela sua História, pelos seus cartões, mas a cidade socialmente doente.
Klapich começa a nos guiar por esta cidade usando uma metáfora. O protagonista está sofrendo do coração e se não transplantá-lo irá morrer. Paris está com o coração doente. Suas pessoas vivem do luxo, das aparências, dos relacionamentos futeis e da marginalização do quê ou de quem não for parisiense.
A História está fossilizada nas pessoas que a recontam: professores, documentaristas, museólogos.
A Sociedade precisa repensar o social e sua afetividade porque seu coração dado aos abusos está mal. Perdeu-se o humano como o protagonista daquele filme. Ele vive solitário, cardiopata e com pouco dinheiro – o que lhe resta apenas – em seu apartamento. Há esperança nos laços familiares e na cirurgia do transplante.
As cidades de todo lugar e as pessoas é um tanto da Paris do filme e daquele infeliz personagem vivido por Romain Duris que contracena com Juliette Binoche.
Cidade.
Urbes.
Pólis.
Dá-lhes o nome que for ao aglomerado humano que produz seu espaço geográfico segundo seus interesses. E este suas justificativas: política, cultura, história. Cria-se a sua identidade.
Nos bancos escolares, quando importávamos cultura imperialista – quero acreditar que isto está ficando para trás – nos ensinaram a ver Paris como a Cidade Luz. Fizeram-nos ver a Paris dos cartões postais, dos livros, da História Positivista, dos discursos de glamorizações... Quando, então, deparei-me com Paris despida. A Paris de Balzac na obra “História dos Treze”. A Paris entre duas guerras mundiais em “Meia Noite em Paris” de Woody Allen. E a Paris apagada no filme “Paris” de Cedric Klapisch.
O filme dirige o olhar do espectador para além daquilo que o turista quer ver. A Paris Humana. Não a cidade perpetuada pelos museus, pela sua História, pelos seus cartões, mas a cidade socialmente doente.
Klapich começa a nos guiar por esta cidade usando uma metáfora. O protagonista está sofrendo do coração e se não transplantá-lo irá morrer. Paris está com o coração doente. Suas pessoas vivem do luxo, das aparências, dos relacionamentos futeis e da marginalização do quê ou de quem não for parisiense.
A História está fossilizada nas pessoas que a recontam: professores, documentaristas, museólogos.
A Sociedade precisa repensar o social e sua afetividade porque seu coração dado aos abusos está mal. Perdeu-se o humano como o protagonista daquele filme. Ele vive solitário, cardiopata e com pouco dinheiro – o que lhe resta apenas – em seu apartamento. Há esperança nos laços familiares e na cirurgia do transplante.
As cidades de todo lugar e as pessoas é um tanto da Paris do filme e daquele infeliz personagem vivido por Romain Duris que contracena com Juliette Binoche.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 27/08/2016
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