LEONARD COHEN (1934 - 2016)
IMAGEM GOOGLE
NO OUTONO DA VIDA
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NO OUTONO DA VIDA
Há dias, numa tarde cinzenta, chuvosa e fria, daquelas em que não apetece fazer nada, meti-me no carro e dirigi até Sintra, depois contornei a zona costeira, passando por Cascais, deixando o carro rolar lentamente, até me deter na zona de Carcavelos. Fiquei a olhar o imenso mar, depois a orla da praia onde pontuavam os surfistas no rebentar das ondas. «Para estes nunca há frio nem inverno» pensei.
Sentia-me triste, sem saber porquê… Ou talvez soubesse. Mais um aniversário se cumprira, o ritual da praxe junto da família, os consecutivos telefonemas de parabéns. Mais um ano, menos um do resto da minha vida…
Fechei os olhos, escutando o ruído ambiente, o ir e vir das ondas, a brisa que assobiava por entre o vidro entreaberto, os carros a passar nos dois sentidos da estrada que desaguava o trânsito em Lisboa.
Olhei para o chão onde abundavam, entre as pedras e a vegetação mais densa, pequenas flores amarelas, resistentes a tudo, que ali se erguiam arrogantes, apesar da sua aparente insignificância. «Aquelas existiam, cresciam em qualquer parte, sem requisitos, defrontando todos os problemas de subsistência… E ali estavam».
Então concluí que é na força interior que reside toda a nossa determinação e querer… Sem ela, limitamo-nos a respirar, sem destino nem objetivo.
Na altura regressei a casa um pouco mais bem-disposto, pois estar perto do mar é uma excelente terapia.
Depois da desilusão de quarta-feira, com a vitória de Trump, contra tudo e todas as previsões, soube hoje da morte, aos oitenta e dois anos, de Leonard Cohen, um excelente escritor, poeta e cantor, que muito admirava, desde a minha adolescência. Foram tantas as canções que ficaram no ouvido, tantos os poemas onde o amor pontuou e que maravilharam gerações pelo mundo inteiro…
Canadiano tal como Bob Dylan, penso que o Nobel da Literatura lhe assentaria melhor. Enfim… Uma questão de gostos. Paz à sua alma.
Sentia-me triste, sem saber porquê… Ou talvez soubesse. Mais um aniversário se cumprira, o ritual da praxe junto da família, os consecutivos telefonemas de parabéns. Mais um ano, menos um do resto da minha vida…
Fechei os olhos, escutando o ruído ambiente, o ir e vir das ondas, a brisa que assobiava por entre o vidro entreaberto, os carros a passar nos dois sentidos da estrada que desaguava o trânsito em Lisboa.
Olhei para o chão onde abundavam, entre as pedras e a vegetação mais densa, pequenas flores amarelas, resistentes a tudo, que ali se erguiam arrogantes, apesar da sua aparente insignificância. «Aquelas existiam, cresciam em qualquer parte, sem requisitos, defrontando todos os problemas de subsistência… E ali estavam».
Então concluí que é na força interior que reside toda a nossa determinação e querer… Sem ela, limitamo-nos a respirar, sem destino nem objetivo.
Na altura regressei a casa um pouco mais bem-disposto, pois estar perto do mar é uma excelente terapia.
Depois da desilusão de quarta-feira, com a vitória de Trump, contra tudo e todas as previsões, soube hoje da morte, aos oitenta e dois anos, de Leonard Cohen, um excelente escritor, poeta e cantor, que muito admirava, desde a minha adolescência. Foram tantas as canções que ficaram no ouvido, tantos os poemas onde o amor pontuou e que maravilharam gerações pelo mundo inteiro…
Canadiano tal como Bob Dylan, penso que o Nobel da Literatura lhe assentaria melhor. Enfim… Uma questão de gostos. Paz à sua alma.