DESABAFO...
Nesta crônica do cotidiano, venho mais do que descaradamente falar de mim mesmo, sem pudores...
Nesta, desabafo, o que me aperta o peito, menos pelo que trás de agonia, e mais pelo que tem de alegria...
-Pois, tudo não é relativo, e depende do ponto de vista escolhido para a observação?
Assim, das contas de meu rosário de lamentações, a que mais me aperta os sentidos é a perda no inicio deste ano de minha querida e amada Mãezinha... Perda irreparável!
E desde então venho transitando entre dores e alegrias, entre ausências e lembranças de nossos momentos, estando assim vulnerável e de certa forma um pouco mais só!
A companhia de tantos e de muitos, balsamo caríssimo e bem vindo, não pôde suprir certas necessidades, certas urgências... Minha mãe se fôra! E desde a sua partida, naquele de agora em diante, tive que ser, ainda mais por mim mesmo...
Pois de repente, eu percebi ter perdido meu apoio, e surpreendentemente notei não saber caminhar sem ele... Apavorei-me!
- Mas o meu caminho são os meus passos... Não os passos dos outros!
E os meus pés anseiam estradas... E qualquer estrada está dormente em nossos pés!
Assim, fui ter com o porvir, como um cego tateando na escuridão embutida em seus olhos, o próprio destino, sob o facho da luz da sua alma...
- Faz-se necessário deixar claro aqui que eu não fui o único a contabilizar tal perda, ou alguma perda, neste ano, nesta vida, e nunca o serei... Faz-se necessário deixar claro aqui, que é tudo contingência da vida... E que tudo que vive, o faz para morrer um dia...
Faço estes apontamentos, neste desabafo, para deixar patente o motivo de minhas ausências, e de meus silêncios, rompidos pela ocorrência de compromissos... E por contatos de amigos, que quase irmãos, chamaram-me junto a si...
Faço este desabafo, não para me apoiar na dor, mas na alegria de ter entre tantos ao meu lado, alguns amigos-irmãos queridos e amados, que fizeram de um tudo para minimizar a minha solidão... E aplacar a minha dor!
E este é o lado bom da questão apresentada: A vida segue com a (re) descoberta de mim mesmo, e com o inadiável apelo do futuro...
Assim, entre trancos e barrancos fui seguindo, até que meu corpo dando sinais de estafa veio a pregar-me vezes seguidas em um leito de hospital... Pressão... Rins...
E de novo estas vicissitudes vieram para deixar claro a mim a necessidade de mudar...
A busca da paciência fez-se urgente, e ela só pode chegar até minha consciência através de uma melhor compreensão das coisas de minha vida... E daqueles que a dividem comigo!
A esposa, os filhos, e os amigos, e até mesmo os inimigos tomaram outro colorido e outra significação...
- E como é bom, quando o olhar encontra novos detalhes naquilo que já lhe parece tão familiar!
Descobri em mim a possibilidade da alteridade!
Assim, é maravilhoso, é divino, quando encontramos em nós a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro...
Seja muito bem-vida essa interação entre o “eu”, interior e particular a cada um de nós, e o “outro”, o além de nós...
Pois a alteridade representa também uma vontade de entendimento que fomenta o diálogo e favorece as relações pacíficas...
Para fim deste desabafo, somente desejaria que esta vontade de entendimento agregadora e pacifica, não nasça necessariamente da dor...
- De nenhuma dor!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
01/07/2016
Esta crônica pode ser lida em: http://revista.plenaidade.com/biografia-de-deus/ página 47
Nesta crônica do cotidiano, venho mais do que descaradamente falar de mim mesmo, sem pudores...
Nesta, desabafo, o que me aperta o peito, menos pelo que trás de agonia, e mais pelo que tem de alegria...
-Pois, tudo não é relativo, e depende do ponto de vista escolhido para a observação?
Assim, das contas de meu rosário de lamentações, a que mais me aperta os sentidos é a perda no inicio deste ano de minha querida e amada Mãezinha... Perda irreparável!
E desde então venho transitando entre dores e alegrias, entre ausências e lembranças de nossos momentos, estando assim vulnerável e de certa forma um pouco mais só!
A companhia de tantos e de muitos, balsamo caríssimo e bem vindo, não pôde suprir certas necessidades, certas urgências... Minha mãe se fôra! E desde a sua partida, naquele de agora em diante, tive que ser, ainda mais por mim mesmo...
Pois de repente, eu percebi ter perdido meu apoio, e surpreendentemente notei não saber caminhar sem ele... Apavorei-me!
- Mas o meu caminho são os meus passos... Não os passos dos outros!
E os meus pés anseiam estradas... E qualquer estrada está dormente em nossos pés!
Assim, fui ter com o porvir, como um cego tateando na escuridão embutida em seus olhos, o próprio destino, sob o facho da luz da sua alma...
- Faz-se necessário deixar claro aqui que eu não fui o único a contabilizar tal perda, ou alguma perda, neste ano, nesta vida, e nunca o serei... Faz-se necessário deixar claro aqui, que é tudo contingência da vida... E que tudo que vive, o faz para morrer um dia...
Faço estes apontamentos, neste desabafo, para deixar patente o motivo de minhas ausências, e de meus silêncios, rompidos pela ocorrência de compromissos... E por contatos de amigos, que quase irmãos, chamaram-me junto a si...
Faço este desabafo, não para me apoiar na dor, mas na alegria de ter entre tantos ao meu lado, alguns amigos-irmãos queridos e amados, que fizeram de um tudo para minimizar a minha solidão... E aplacar a minha dor!
E este é o lado bom da questão apresentada: A vida segue com a (re) descoberta de mim mesmo, e com o inadiável apelo do futuro...
Assim, entre trancos e barrancos fui seguindo, até que meu corpo dando sinais de estafa veio a pregar-me vezes seguidas em um leito de hospital... Pressão... Rins...
E de novo estas vicissitudes vieram para deixar claro a mim a necessidade de mudar...
A busca da paciência fez-se urgente, e ela só pode chegar até minha consciência através de uma melhor compreensão das coisas de minha vida... E daqueles que a dividem comigo!
A esposa, os filhos, e os amigos, e até mesmo os inimigos tomaram outro colorido e outra significação...
- E como é bom, quando o olhar encontra novos detalhes naquilo que já lhe parece tão familiar!
Descobri em mim a possibilidade da alteridade!
Assim, é maravilhoso, é divino, quando encontramos em nós a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro...
Seja muito bem-vida essa interação entre o “eu”, interior e particular a cada um de nós, e o “outro”, o além de nós...
Pois a alteridade representa também uma vontade de entendimento que fomenta o diálogo e favorece as relações pacíficas...
Para fim deste desabafo, somente desejaria que esta vontade de entendimento agregadora e pacifica, não nasça necessariamente da dor...
- De nenhuma dor!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
01/07/2016
Esta crônica pode ser lida em: http://revista.plenaidade.com/biografia-de-deus/ página 47