DESOPILANDO
DESOPILANDO
Já ando cansado, exaurido, fatigado, alquebrado, esgotado, exausto, adinâmico, derreado, extenuado, afadigado, de tanta esquerda e direita, de conservadores e neoliberais, de mortadelas e coxinhas, de ocupações e desocupações, de ocupados e desocupados, de ativistas e corporativistas, de safardanas e honestos de ocasião, de culpados inocentes e inocente culpados, de ignorantes e ignorados, de corruptos e corruptores, de impunes punidos e punidos impunes, de políticos e apolíticos, de tolerantes intolerantes e intolerantes tolerantes, de ladravazes e ratoneiros, de progressistas e reacionários, de bem e mal-educados, e sobretudo, da perda de tempo em acusações e defesas de indefensáveis, de todas as quadrilhas, perdão, partidos. Será que em algum momento surgirá algum debate lúcido sobre as reais necessidades do país e seus cidadãos. Estou ficando um velho ranzinza, impaciente, intratável, rabugento, birrento, implicante, teimoso, insociável e assustadoramente misantropo. Ainda bem que estou próximo a sumir do mapa.