Afinidade de primas
Mara residia no interior e, na capital, tinha uma prima que considerava sua irmã. Passavam as férias juntas, trocavam experiências e só não residiam juntas porque a prima, de nome Jose, não deixaria os pais. Este era o seu pensamento, até que um dia resolveu arriscar um trabalho nos EUA. Por lá ficou ilegal por um tempo e, sem perceber, adotou a cidade (Milwaukee) como o seu lugar para o resto da vida.
Casou-se, ganhou cidadania, separou-se e atualmente, após 22 anos, é professora na maior Universidade de lá e continua a manter os mesmos laços de amizade e carinho com Mara.
Falam-se pelo Skype todas as noites, trocam experiências, trocam objetos e Mara, sem perceber, adotou a mãe de Jose, sua tia, como sua mãe. À ela dá toda a atenção e carinho, pois tem conhecimento da dificuldade que ela sente com a ausência da filha.
Atualmente Mara administra a vida da tia com tal desenvoltura que a tranquilidade de Jose é visível.
Em conversas frequentes as duas não deixam escapar o quanto esse tipo de valoração é difícil nos dias atuais, quando, a cada dia, mais os indivíduos se afastam dos valores que eles próprios consideram importantes.
Out.2016