O que tiver que ser...
Não. Não sou dessas pessoas que acreditam na máxima "o que tiver que ser será". Para mim isso soa mais a desculpa de quem tem medo de correr o risco. Então se acomoda e vai deixando. E depois se não der certo se consola: não era para ser.
Eu, definitivamente, não acredito nisso de não era para ser ou se tiver que ser será. Acredito em fazer acontecer. Acredito em tentativa e erro, que é o que leva ao acerto. Acredito em demonstração. Acredito em quem vai atrás. Acredito em quem se importa. Acredito em quem não se esconde atrás de desculpas, atrás de destino, atrás da covardia que é não se mostrar como se é ou não demonstrar o que se quer.
Acredito nas pessoas que seguem o seu coração. Acredito que para ser é preciso que nos esforcemos nessa direção. Acredito que dizer o que se sente é o mínimo que se deve ao seu próprio coração. Mas as pessoas vivem cheias de medo se escondendo atrás da máscara da frieza. Fingindo que não se importam, fingindo que não sentem, fingindo que estão bem, quando na verdade estão dilacerados por dentro.
Eu não faço parte desse grupo. Faço parte do grupo dos que tem pressa. Dos que sabem que o amanhã pode ser tarde demais para uma demonstração de preocupação ou carinho. Faço parte do grupo dos que se importam, se doam e até enlouquecem, de tanto sentir e de tanto tentar.
É claro que também tenho medo da rejeição e sofro cada vez que percebo que me entreguei demais a quem não soube valorizar o sentimento que lhe dediquei. Mas eu vou sempre preferir tentar até o fim, até que se esgotem as tentativas e as possibilidades de dar certo. Prefiro que dê errado por insistência do que que não dê certo por medo.
O mundo é dos que tem coragem. E o destino até dá um empurrãozinho em favor dos que não têm medo de ousar. E nisso sim prefiro acreditar, que para que seja o que tiver que ser que se faça também a sua parte no que tiver que fazer.