SUAVIDADE MUSICAL
(Mini crônica)
No silêncio da tarde, a música preenche os espaços. Suave. Vagarosamente penetra na mente e traz a paz necessária para apreciar cada nota, escala, tom, acorde, arpejo. Cada melodia, harmonia, ritmo. Cada momento. O mais lento que em um crescendo se avoluma, se adensa e ressoa nos espaços vazios do corpo humano. Há espaços vazios? Sim, na mente que se abduz da balburdia realista que quer envolve-la e se dissipa em meio às notas musicais, ambientais, instrumentais, sensuais, magistrais, originais e alcança o nível de abstração que acalma as conexões nervosas a procura de respostas, entendimentos, constatações. A procura. Do que mais? Do calmo e melodioso som musical. Do silêncio interior a que a música serena nos transporta.