"A UNICA ESPERANÇA - encontre o real sentido da vida"
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Das muitas coisas que recebi ao entrar no Cemitério São João Batista, em Manaus, no Dia de Todos os Santos ou Dia Internacional do Homem, como também foi chamado pelas redes sociais o feriado do Dia de Finacos - panfletos de igrejas evangélicas, propaganda de empreendimento imobiliário pronto “Concept” e diversas outras coisas que me entregavam, também recebi o livro A ÚNICA ESPERANÇA – encontre o real sentido da vida. Encontrei meus pais Josefa e Paulo Costa. Deles tomei a bênção, abracei e os beijei. Meu pai não sei se me reconheceu. Ele está começando a esquecer das coisas, não ligando nome à pessoa, como já ocorre comigo também, desde 2006, quando sofri um empiema cerebral dando aulas na faculdade. Mas falou comigo pelo nome e me abraçou também.
Paulo Costa estava sentado em um banco, usando uma bengala e lia livro que recebera à porta de entrada, como eu também recebi, escrito do pastor, conferencista e roteirista Alejandro Bulón, autor vários outras obras, entre elas “O Terceiro Milênio” e “Conhecer Jesus é tudo”, editadas pela “Casa Publicadora Brasileira”, em Tatuí-SP. Meus pais estavam acompanhados da irmã Ivone Costa, seu ex-esposo Edson Paixão e de filhos. Tinham comparecido para visitar as sepulturas de meus parentes, lá sepultados. Depois, iriam visitar a sepultura do irmão Mário Alberto, no Cemitério Parque Tarumã, do outro lado da cidade. Mário Alberto Costa faleceu há muito tempo, antes de concluir o Curso de Veterinária, sua grande paixão desde criança quando o fotografei agarrado ao pinto que criava. Compareci acompanhado da esposa Yara Queiroz, que acenderia velas, colocaria flores e choraria de saudades na sepultura de seus pais, advogado e tribuno pelo partido MDB – Movimento Democrático Brasileira, Francisco Guedes de Queiroz e sua mãe, Maria Luíza de Souza Queiroz, falecida anos depois, enquanto rezava. Meu sogro foi político por 26 anos e o seguro habitacional que pagava embutido nas prestações, quitou a casa dele adquirida pelo SFH no extinto BNH – Banco Nacional de Habitação.
Do livro “A ÚNICA ESPERANÇA – encontre o real sentido da vida”, a frase introdutória da obra afirmando “a vida é como um palco. Você afasta as cortinas e vê os dramas, os conflitos e a procura incessante dos seres humanos” , me chamou a atenção. Folhei rapidamente e cheguei à conclusão que dizia: “viver é avançar. É aprender adentrar em águas profundas e desconhecidas” e acrescentava: “você encontrará respostas para os mais sérios questionamentos do ser humano”. Não busco respostas e nem tenho dúvidas, mas lerei o livro com calma para degusta-lo e sentindo todo o seu sabor das palavras, mesmo usando óculos 8,5 graus e com perda da lateralidade da visão, que me deixou sem CNH. DEUS me permite respirar e construí minha própria felicidade.
Nem reencontrar meus pais visitando seus falecidos, rever e relembrar que minha família também vende flores e velas na calçada da Indústria Amapoly, passagem obrigatória para se chegar ao Cemitério Santa Helena, no Morro da Liberdade, foi tão importante, do que ter recebido o livro “A ÚNICA ESPERANÇA – encontre o real sentido de sua vida”, de uma moça dizendo que era de graça – se fosse pago não teria como compra-lo porque esqueci minha carteira em casa -.. Ver meu pai lendo-o também foi maravilhosamente gostoso e o lerei totalmente, com calma. No cemitério, enquanto rezava para minha sogra Maria Luiza, minha esposa chorando e colocando flores e acendia velas aos seus pais, com as suas fotos coladas em uma pedra de mármore, folheava o livro que recebi.
A Rua São Benedito, na época, era sem asfalto, com paralelepípedos. Em frente a Amapoly, terminava o calçamento e começava a pista de barro. Na adolescência, gostava de sentar na última cadeira do ônibus de madeira da empresa “Ana Cássia”, para pular também junto com o coletivo, quando deixava o paralelepípedo e entrava para o barro!
Josefa Costa se aposentou pela Indústria Amapoly, na calçada onde vendeu velas e flores para sustentar a família!