Reminiscências ocultas - o mistério das águas
A brisa beijando o rosto. O vento insistentemente querendo se fazer presente - em mim. Hoje, e sempre, e, muito mais, no passado. Ventos que carregam lembranças de minhas vidas passadas. Que, depois de tantas mortes, vidas e pós vidas, prefiro que sejam lembranças esquecidas... Passo por lugares que me dão sensações. Não trazem à tona as lembranças, que não quero que se iluminem em minha mente. Mas despertam minhas sensibilidades, minhas emoções. São memórias sentimentais, de acontecimentos que não se repetirão - em minha memória. Reminiscências que permanecem ocultas, protegidas pelo véu dos dias. O não-querer-saber é doce. Mais doce ainda, é não saber que não se quer saber. Vidas dentro de mim que fazem parte de mim. Ambiente que me acolheu que já não me pertence. Sensação de quase plenitude e familiaridade com o desconhecido. Fico com a vaga e profunda sensação do déjà vu, que se infiltra em cada sulco dos meus órgãos. Como a água, deslizando entre as pedras e sutilmente preenchendo o rio. Parece que a água só quer passar, mas não percebemos o que ela realmente quer.
A água é...
O Rio.