"ESPERO QUE O BRASIL SOBREVIVA".
O BRASIL VAI SOBREVIVER ÀS VINDOURAS E MAIS FORTES DELAÇÕES?
Uma frase de efeito. Nada mais. Dias atrás falei com minha mulher. Por vezes temos que fazer comparação nivelando pelo pior. Morrem mais pessoas no Brasil (morreram) em um ano, pela insegurança pública, homicídio, do que na guerra envolvendo a Síria. Mas não estamos na Síria onde se mata em grupo e muitas crianças sofridas através de bombardeios. Uma inominável crueldade.
O Brasil está atravessando uma fase dificílima, e perdurará por algum tempo. Não existem lideranças políticas capazes de inspirar confiança e levantarem o Brasil, trazerem investimentos. A acefalia política é total, e continuam as mesma práticas.
Está tudo mais ou menos parado. Daí a sobreviver ou não o país após as próximas publicidades das delações mais importantes por serem o âmago da destruição do eixo maior da economia brasileira em suas grandes empresas é afirmação descabida.
Podemos ficar acéfalos de gestão, sem sobrevivência? Mas já não estamos asfixiados e mortos em direitos fundamentais faz tempo, entregues a uma gestão política-partidária-sistêmica que, sem nenhuma pretensão de verdade analítica, e não excluo ninguém, levou o Brasil à falência. A política e políticos escabrosos.
A hecatombe já ocorre. Nenhum socorro de que necessitam doentes aguardando cirurgias, exames, tratamentos, atendimentos simples que sejam, nenhuma educação básica (educação do ensino fundamental suficiente), total ausência de oferta de emprego que estruture a dignidade humana mínima e outros direitos naturais. Já nada disso está à disposição, nunca esteve de forma regular, agora simplesmente inexiste.
Disse a mim mesmo, não escrevo mais sobre isso, mas meu impulso interior não permite quando leio, vejo ou ouço alguma coisa que me provoque.
A frase do título é uma delas vindo de uma pessoa que admiro por sua independência e coragem, Sergio Moro. Mas se admiro é meramente por comparação ao que temos, já que é pura obrigação a que sabe honrar o magistrado, principalmente pelo exaustivo trabalho e celeridade. E tal postura merece elogio. Celeridade, competência e isenção.
O Brasil sobreviverá, as instituições, mal ou bem, farão encaminhar as decisões políticas que serão discutidas.
Precisamos sim de uma seriedade que não temos, de competência pessoal que falta e muito, de despojamento necessário para se dedicar mais ao coletivo, despojamento da pessoalidade de quem vai se entregar a tentar soerguer este Brasil cansado e espoliado.
Não vejo ninguém com este perfil militando na política. Será que surgirá?
Como dizem amigos, resta orar, confiar é sempre indispensável, é por falta de confiança que todos nos olham com prudência, ninguém investe em uma nação que desenhou um perfil que se vê agora nas barras dos tribunais.