REFORMA E NÃO REMENDO POLÍTICO!
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Na era da desconfiança e da péssima qualificação dos candidatos a cargos eletivos que se apresentam falando em nome e dizendo que defenderão os interesses do povo, declarando amor às cidades e escondendo seus reais e próprios interesses mediáticos de poder , resultantes de estranhas alianças, coligações impostas goela abaixo aos eleitores, sem qualquer ideologia que as justifiquem de forma ideológica, programática ou pragmáticas, o Brasil necessita, urgentemente de uma Reforma Política séria e não de remendos sempre costurados em panos velhos, podres e inúteis para ser tudo refeito em uma próxima campanha política quando surgem novos cenários e desenhos de interesses para enganar os eleitores que se prontificam a ser usados como maça de manobra dos candidatos, na democracia do voto obrigatório e imposto a todos. Nenhum Aparelho de Estado do país escapa das críticas, do maior ao menor. Todos são vistos com muita desconfiança pelos eleitores do Brasil do tudo junto e misturado em dois blocos: dos que governam e o dos pretendem governar!
Concluído o segundo turno das eleições municipais com um dos mais elevados índices de abstenções, brancos e votos nulos da história recente na brasileira do voto “democrocraticamente” imposto a todos, começa a circular nas redes sociais uma proposta de mudança do número de deputados e senadores e, consequentemente, a provável moralização das duas casas legislativas. O Congresso Nacional colocou à consulta popular aprovada em 2013, Resolução 26 que propõe mudança nos Artigos 45 e 46 da Constituição Federal, reduzindo o número de Deputados Federais dos 513 parlamentares para somente 386 e eleição de apenas dois por cada Estado via PEC – Proposta de Emenda Constitucional 106/2015, de autoria do senador do PT do Acre, Jorge Viana e outros. Se aprovada, em tese, haveria redução no número dos atuais 27 partidos desapareceriam algumas legendas de alugueis, usadas sempre em períodos eleitorais. O Brasil precisa de uma Reforma Política seria e não de remendos eleitoreiros.
Sob os efeitos da operação “Lava Jato” e o Superior Tribunal Eleitoral ficou de elaborar um “estudo” para saber a razão da insatisfação dos eleitores como os rumos de sua democracia do voto imposta , com penas de multas irrisórias à restrições na vida civil e etc. A insatisfação do eleitor também está respingando da classe política as estruturas de aparelhos de Estado constituídos porque alguma coisa está errada e o STE já alerta para isso, chuta a bola para o Congresso Nacional. Este, por sua vez, está promovendo uma consulta pública para reduzir o número de senadores e outras medidas moralizantes que a partir disso, adviriam. Como a situação política é grave, a proposta de reforma política talvez dessa vez saia do papel e não fique dormitando para ressurgir só nas próximas eleições em forma de remendo em pano velho que se rasga rápido, movido por novos interesses.
Qual a lição que fica de tudo isso? A de alguma coisa precisa mudar urgentemente antes que todo o sistema brasileiro eleitoral, um dos mais modernos e ágeis do mundo, com urnas eletrônicas e biometria, caia no descrédito também!