PREOCUPAÇÃO DE ELEITOR ("Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!" — Raul Seixas)

Era dia das eleições, saí para votar. Esse é um dia muito importante para fortalecer a cidadania. E, logo eu irei empreender uma viagem acertada novamente; escolher meu presidente. Daquela vez, fui escolher um vereador que me representasse por 4 anos, prefeito também me preocupava muito, era uma "bendita" obrigação! Mas, no momento, estou acometido por uma ansiedade descomunal, pelo desejo de fazer a diferença. Não vou negar que é um bom dia para indecisões também, mesmo que o desafio seja superar a dúvida, ela nunca acabará. Preciso de um distanciamento emocional e muita frieza para não ser dominado pelas emoções. Ainda que os interesses individuais falem mais alto, convém dispensar alguma atenção à coletividade, a fim de contribuir com a harmonia geral. Diz o senso comum que não se pode perder o voto. Isso já vem ocupando a minha mente: nada mais coerente do que conferir as pesquisas de intenção de voto! São confiáveis? Naquela votação, depois de tudo, cheguei diante da urna e o "00" gritou muito forte. Aliás, anularam-me na autenticação de minha presença. Espero que minhas digitais funcionem desta vez.

No fim do dia, após a comoção do pleito político, já na apuração, senti-me de alma lavada, cumpri o meu dever da parceria, pois tinha ido até o local de votação patrioticamente: compromisso cumprido.

Nessas ocasiões, sei que algumas perdas posso sofrer, ainda mais, com essa confissão; a ideia é de limpeza, pois o sabão leva restos de pele também. É uma dor necessária para quem confiou em mim! Lamento, eu perdi mais uma oportunidade! Como assim dizer, votei nulo, a urna eletrônica me ajudou, pois o mesário usou as digitais dele para abrir minha oportunidade, ou melhor, para desbloquear a urna para minha vez, por que os meus dedos não foram reconhecidos, então já que estou nulo, eu "anulei" meu voto, pois também, tinha minhas "digitais" discriminadas, quem escolhi para votar, era um ex-aluno, crendo que um professor deixa marcas profundas e duradouras; então, ele serve para me representar.

Deixemos de "gracinha", apenas estou com vergonha de dizer que votei deliberadamente no "Laranjinha"! Envergonhado não pela pessoa que ele é ou pela política que desempenha, mas pelo o resultado das urnas. Perdemos! Amanhã, estaremos mais maduros! Vamos procurar extrair o melhor dessa fase, principalmente satisfação pela vida que continua. Estou me certificando de que a pressão emocional não irá mesmo impedir-nos do sucesso no próximo pleito. Estamos juntos.