escritor apaixonado
Sentado num banco de madeira numa postura desconfortável com a mão direita apoiada sobre a testa, à mesa, dicionários e livros velhos abertos, lutava com as palavras a fim de escrever algo impactante, um roteiro encomendado por Alfred Russel (o primeiro que lhe pagaria para escrever).
Aventurava-se pelas artes plásticas, literatura erótica, música sacra, frenologia... a verdade é que nada lhe era suficiente, ou melhor, tudo lhe era insuficiente. Sempre imaginou ser impossível a realização plena da paz social com tanta gente neste mundo para comer, beber, cagar e mijar...enfim, tomado por tais pensamentos, percebeu que não era momento propício para escrever, apaixonava-se demais, amava demais (o que depois fora sua salvação!).
Conhecera uma nova musa, linda, corpulenta, carnuda e ainda uma poldra, meu Deus, que poldra!