Ocorrências Espirituais

Muitas pessoas ainda são neófitas, em termos de espiritualidade. A espiritualidade acompanha o homem desde o dia em que ele teve o privilégio de pisar no orbe terrestre. Deus, o Pai Maior, arquitetou a estrutura terrestre, para que o Cristo e sua plêiade de espíritos, consolidasse a sua construção ou formação. Os fenômenos mediúnicos sempre existiram e vão existir sempre, visto que é uma dádiva de Deus. Muitos profetas da antiguidade eram possuídos de mediunidade, em menor ou maior escala. Jesus Cristo o único Espírito Puro a fixar permanência na Terra, tinha esse dom. Passados vários anos, depois da crucificação de Jesus Cristo, num certo domingo com uma atmosfera de muita alegria na casa de Apolônio. Todos da família do respeitável comerciante de origem grega aguardavam com expectativa a palestra de João, a quem passaram a estimar com simpatia e apreço. João observava a diferença substancial daquela assembléia, entre aquelas tão queridas ao seu coração, de Jerusalém, de Joppe, de Cafarnaum e de Antioquia da Síria. A assembléia era constituída de pessoas mais cultas e preparada do que a costumeira, que João costumava falar. Isso trouxe uma preocupação aos que assessoravam o discípulo de Jesus. A hora marcada para a solenidade chegara.

João, sentindo-se como num doce torpor, só teve tempo de oscular respeitosamente as mãos de Maria de Nazaré, sentiu-se transpondo as barreiras naturais entre os dois planos da vida. Tiago, seu irmão desencarnado se apresentou de imediato a João, que o reconheceu e chegara para abraçá-lo e deixá-lo em tranqüilidade. A um pequeno toque do irmão espiritual, sentiu um fremir diferente em seu corpo. Não conseguia divisar a platéia de mais de duas dezenas de pessoas do círculo de amizades de Apolônio no peristilo de sua residência. Milhares de respeitáveis entidades espirituais se acotovelavam, expectantes. O irmão abraçou novamente João dizendo-lhe: “João confia em Jesus e entrega-te a missão de sua responsabilidade”.João nesse momento encheu-se de coragem, cedendo as últimas resistências. Um fenômeno de desdobramento aconteceu a João, afastando-o do corpo físico e de longe pode observar a presença luminosa da entidade espiritual, de Jesus Cristo.

Um fenômeno de justaposição, pelo qual a luminosidade entidade dominou-lhe os centros de força do corpo a certa distância. Seu irmão Tiago veio socorrer-lhe a indagação, explicou que, a figura que ali estava presente e que tomaria seu lugar na direção da assembléia, tratava-se do espírito liberto de Sócrates, que falaria aquela noite aos seus ilustres compatriotas gregos sobre o caminho do Cristo de Deus, de sua Luz imorredoura. O próprio apóstolo João teve dificuldade em acompanhar os luminosos conceitos filosóficos descortinados pelo mártir da cicuta, encantando-se, com a presença da luminosidade espiritual. João passou a ser assistente de seu próprio corpo. Fenômenos como esse são normais e a Doutrina Espírita explica com detalhes, através de seu codificador Allan Kardec, que em 1857, lançou para o mundo o Livro dos Espíritos, a obra prima do Espiritismo. Em sua primeira edição foram 501 questionamentos (perguntas aos espíritos e suas respectivas respostas), logo após, três anos depois, em 1860, acontece a edição final com 1018 questionamentos e respostas dos Espíritos Superiores.

Nascia assim, com todos os predicados de filosofia, ciência e religião. A Doutrina Espírita, hoje possui milhões de adeptos no mundo. Estes fatos inerentes a João Boanerges são viáveis aos médiuns espíritas. Fatos como esses são totalmente desconhecidos de outras religiões e só se tornam possíveis através da psicografia e da psicofonia, porém deixam transparecer que são cegos ou não querem assumir a realidade que o Espiritismo ensina tão bem. O que é de se estranhar é que muitos religiosos acreditam na reencarnação e que a morte não existe, é só uma passagem da vida material para a espiritual. O Espírito necessita da reencarnação para evoluir, pois nascendo “simples e ignorantes”, só pelas reencarnações sucessivas essa evolução seria possível.

Allan Kardec, pela sua fidelidade à doutrina sempre afirmava que se a ciência provasse que ele estava errado, que ficassem com a ciência. Meus irmãos devem acima de tudo praticar a caridade sem distinção, pois o lema do espiritismo é: “Fora da caridade não há salvação”.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ALOMERCE(ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA E OFICIAL SUPERIOR DA PMCE.)

CORONEL DA PM R/R-GESTOR DE EMPRESAS