a gente dança para um país melhor
A Avenida Paulista apinhada de gente de todos os tipos: pobres, gordos, feios, doentes, burros e também o contrário disso...gente vestida com a camisa amarela da seleção brasileira, uma agitação, uma gritaria, palavras de ordem, punhos cerrados em direção aos céus, passos em todos sentidos, da Consolação ao Paraíso.
A polícia militar ali, observando tudo, doidinha para usar o spray de pimenta nos olhos de algum salafrário ignorante e incívico – pois logo apareceu a oportunidade, vejamos: um sedicioso de rosto encoberto por um lenço negro, deu uma pedrada na vidraça do Banco do Brasil e a situação ficou fora de controle depois que outros o imitaram.
Pedra, papel e tesoura – spray de pimenta, bala de borracha, cassetete (sangue, correria e câmeras de teve) – há poucos metros da confusão, uma ilha de paz, mulheres dançavam ensaiando passinhos de Hully-Gully, a cena destoava de tudo ao redor e era uma esperançazinha de que o país seria melhor doravante.