Solidariedade aos refugiados, os dois lados da moeda
28 de Outubro de 1940; hora 4 da madrugada.
Em resposta ao ultimato feito pelo ditador italiano Benito Mussolini, exigindo que a Grécia permitisse que as Forças do Eixo ( Alemanha e Itália ), entrassem em território grego e ocupassem locais estratégicos ou enfrentasse a guerra, a resposta veio imediata e sonora.
Da boca do então primeiro ministro Ioannis Metaxa ouviu-se o memorável "OXI" (NÃO).
Em resposta à negativa de Metaxas, tropas italianas estacionadas na Albânia, atacaram a fronteira grega às 05:30 da manhã. - Essa foi a entrada da Grécia na Segunda Guerra Mundial .
2016,
Outros tempos.
Outras guerras.
Outras fronteiras transpostas diariamente.
Dessa vez não por inimigos, mas por desafortunados que tentam fugir de um destino cruel.
Nas mãos não carregam armas, e sim os parcos pertences que conseguem carregar em uma pequena mala ou mochila.
Não apertam gatilhos; estendem as mãos em súplica.
Mais uma vez a voz do povo grego é ouvida sem hesitar :
- "NAI" ( SIM )
Mesmo enfrentando uma das mais sérias crises econômicas jamais vivida no país, acolhe de braços abertos as centenas de refugiados que chegam diariamente por terra e mar.
"O pouco quando repartido é muito"
Casas, hotéis, ginásios de esportes, base militar, todo e qualquer teto disponível se torna abrigo para os que chegam.
No entanto ao mesmo tempo que os moradores da Ilha Mytiline, que tem como capital Lesbos, são indicados para o Prêmio Nobel da Paz, os comerciantes locais se vêem à beira da ruina devido a queda de cerca de 65% do turismo no último Verão.
Uma ilha, embora belíssima, que está cheia de refugiados não é um bom lugar para férias, segundo o turista.
A imagem de milhares e milhares de pessoas que são a figura da guerra não é uma bela visão.
Eu sei pois todo dia passo ao lado de um "alojamento" e posso assegurar que é chocante.
Mas toda história, infelizmente, tem várias facetas.
Entre as pessoas de bem, que só querem salvar a própria vida e as dos seus, aproveitando a oportunidade e facilidades oferecidas ao refugiados de guerra, muitos bandidos de toda espécie entram na Europa.
Cada dia aumenta os casos de estupro, roubos, assassinatos e até casos extremos de atos terroristas.
Imagem corriqueira os pontos de venda de drogas.
E isso não é somente na Grécia mas em todo o continente Europeu.
Grande dilema para as populações.
Se por um lado é da natureza humana a solidariedade, por outro também o é preservar a própria integridade física e moral.
Outro ponto que influencia negativamente é o fato de que enquanto muitos se privam de vários itens para oferecer ao próximo menos afortunado, esses "carentes" circulam com o último modelo de Smartphone, roupas e sapatos de marca, têm prioridade ao atendimento médico e hospitalar, livre uso dos meios de transporte.
Não deixa de ser injusto para com os pais de família que precisam recorrer à igreja e assistência social para necessidades básicas no mesmo instante que toneladas de alimentos e vestimentas doados apodrecem nas despensas por falta de iniciativa dos próprios necessitados estrangeiros.
Grande dilema...
Bebel Lima
28 de Outubro de 1940; hora 4 da madrugada.
Em resposta ao ultimato feito pelo ditador italiano Benito Mussolini, exigindo que a Grécia permitisse que as Forças do Eixo ( Alemanha e Itália ), entrassem em território grego e ocupassem locais estratégicos ou enfrentasse a guerra, a resposta veio imediata e sonora.
Da boca do então primeiro ministro Ioannis Metaxa ouviu-se o memorável "OXI" (NÃO).
Em resposta à negativa de Metaxas, tropas italianas estacionadas na Albânia, atacaram a fronteira grega às 05:30 da manhã. - Essa foi a entrada da Grécia na Segunda Guerra Mundial .
2016,
Outros tempos.
Outras guerras.
Outras fronteiras transpostas diariamente.
Dessa vez não por inimigos, mas por desafortunados que tentam fugir de um destino cruel.
Nas mãos não carregam armas, e sim os parcos pertences que conseguem carregar em uma pequena mala ou mochila.
Não apertam gatilhos; estendem as mãos em súplica.
Mais uma vez a voz do povo grego é ouvida sem hesitar :
- "NAI" ( SIM )
Mesmo enfrentando uma das mais sérias crises econômicas jamais vivida no país, acolhe de braços abertos as centenas de refugiados que chegam diariamente por terra e mar.
"O pouco quando repartido é muito"
Casas, hotéis, ginásios de esportes, base militar, todo e qualquer teto disponível se torna abrigo para os que chegam.
No entanto ao mesmo tempo que os moradores da Ilha Mytiline, que tem como capital Lesbos, são indicados para o Prêmio Nobel da Paz, os comerciantes locais se vêem à beira da ruina devido a queda de cerca de 65% do turismo no último Verão.
Uma ilha, embora belíssima, que está cheia de refugiados não é um bom lugar para férias, segundo o turista.
A imagem de milhares e milhares de pessoas que são a figura da guerra não é uma bela visão.
Eu sei pois todo dia passo ao lado de um "alojamento" e posso assegurar que é chocante.
Mas toda história, infelizmente, tem várias facetas.
Entre as pessoas de bem, que só querem salvar a própria vida e as dos seus, aproveitando a oportunidade e facilidades oferecidas ao refugiados de guerra, muitos bandidos de toda espécie entram na Europa.
Cada dia aumenta os casos de estupro, roubos, assassinatos e até casos extremos de atos terroristas.
Imagem corriqueira os pontos de venda de drogas.
E isso não é somente na Grécia mas em todo o continente Europeu.
Grande dilema para as populações.
Se por um lado é da natureza humana a solidariedade, por outro também o é preservar a própria integridade física e moral.
Outro ponto que influencia negativamente é o fato de que enquanto muitos se privam de vários itens para oferecer ao próximo menos afortunado, esses "carentes" circulam com o último modelo de Smartphone, roupas e sapatos de marca, têm prioridade ao atendimento médico e hospitalar, livre uso dos meios de transporte.
Não deixa de ser injusto para com os pais de família que precisam recorrer à igreja e assistência social para necessidades básicas no mesmo instante que toneladas de alimentos e vestimentas doados apodrecem nas despensas por falta de iniciativa dos próprios necessitados estrangeiros.
Grande dilema...
Bebel Lima