OS PESOS DA VIDA

Ah! Os pesos que carregamos na vida! Roubam-nos nosso sono, preocupam nossas mentes, apertam nossos corações, sobrecarregam nossa alma. Mas, você pensa realmente que vou escrever sobres estas mazelas da vida, sobre preocupações, desilusões e aborrecimentos? Estes pesos? Que nada ! Vou escrever mesmo sobre os pesos que levantamos! Na Academia !!

Observo várias vezes na semana aquele povo animado em malhar. Tudo musculoso. Braços, pernas, coxas, ombros, tronco, sei lá o que mais ... Tudo que dá, no ‘corpitio’! Homens e mulheres que querem ficar sarados. Alguns por conta da saúde, outros para exibir. Vamos falar sério, até que é legal ver um físico bem delineado e fortalecido. Não importa a idade. Agora os mais maduros também praticam. E ficam melhores. Pelo menos a ilusão alimenta essa ideia.

Entretanto, a atividade física faz bem a todos. E ‘puxar ferro’, como alguns dizem, fortalece os músculos, dá mais resistência, e outros benefícios que o pessoal da área da saúde defende. Aí ajuda. Os médicos, treinadores, professores de Educação Física confirmam. Então, galera, vamos lá.

A disciplina é importante. A vontade firme de praticar na Academia mais ainda. Pois, tem dias que nem dá vontade de sair de casa. A preguiça, mãe de todos os vícios, quase impede a nossa ida. Mas, valorosos que somos... Valorosos ? Nada disso. Vaidosos que somos, direto para a Academia e lá seguir as instruções dos professores e estagiários que adequam os exercícios à necessidade de cada aluno, a fim de que tenhamos o máximo de aproveitamento nos aparelhos para o preparo físico adequado.

Na Academia não é só exercitar, exercitar e exercitar. Tem sempre o ‘papo’ entre conhecidos, entre alunos e professores. Sem atrapalhar a prática. Para tornar aquele ambiente mais ameno. Sem flores ou enfeites, a conversa ‘enfeita’ o local. A música acompanha o som do ‘ferro’. Dá ritmo aos empenhos para colocar os músculos na sua melhor forma. Professores e estagiários, atentos à nossa performance, corrigem os movimentos, acompanham as dificuldades, orientam o jeito correto de fazer cada exercício.

Ir para a Academia começa a fazer parte da rotina diária ou quase diária. Aquele início difícil, de se acostumar, de conhecer os aparelhos, de entender as sequências dos exercícios, de ter paciência para aguardar os resultados começa a tomar outra forma, a se impregnar no nosso corpo, se fixar na nossa mente. E de repente nos transforma em assíduos entusiasmados da Academia. Antes, as atividades que não abriam espaço para ‘malhar’ se invertem e o horário sagrado de ‘puxar ferro’ alcança posição importante na escolha de prioridades. E a Academia está definitivamente instalada na lista de tarefas a serem cumpridas.

E por que esta e não aquela Academia? O que nos leva a escolher uma em detrimento de outra? Tantos fatores incidem nesta escolha. Eu, por exemplo, escolhi por recomendação de pessoas conhecidas que lá praticavam. Por ser perto de casa (vou a pé o que é bem cômodo). Por ter sido bem recebida e bem informada sobre os planos. Por conta do Coordenador que passou a ser um amigão no local, além de professor competente, cuidadoso e montar meu sequencial de treinos bem adaptado às minhas necessidades e condicionamento físico. Pelos outros professores dedicados, pelo espaço organizado, pelas várias opções de aulas variadas. Enfim, por que é boa!

Saúde. O mote agora é praticar exercícios para manter uma boa saúde. E todos tem seguido essa orientação. Que vem de médicos, fisioterapeutas, professores de educação física, vem de todos. Cada um dá um conselho para a realização do melhor esporte, da melhor prática. De qualquer forma, defendendo o que acha ideal, o importante é ‘movimentar-se’ como for mais propício. Como agradar. Como puder. Como escolher.

E também escolhe a ‘roupinha’. Não basta só ir para a Academia. Tem que ir ‘nos trinques’! Será mesmo? Na realidade, já passou aquela febre de ter que comprar tudo novo, tudo ‘de marca’ para ir malhar. Cada um vai como lhe é mais cômodo, confortável e preferido. Camisetas, bermudas, legs, seja lá o que escolher não é o crucial. Exercitar-se sim!

Então, aquelas conversas, aquelas risadas, comentários de coisas dali e de acolá, dão o colorido diferente na Academia. Cada um que chega tem seu jeito particular de anunciar sua chegada. Com um oi, um sorriso, uma palavra só com o professor, cumprimentos aos amigos, e vão chegando, imprimindo seus exercícios, procurando os aparelhos, solicitando ajuda, se esforçando. A rotina de todo dia, ou de quase todo dia. Que é realizada com prazer, com interesse, com segundas intenções (de ficar sarado!), com vontade, para distração, para conhecer gente. O que for. Mas que seja para exercitar-se, sempre!

Tereza Freire
Enviado por Tereza Freire em 27/10/2016
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